Pra esses teus óio, morena,
num acho acomparação!
São dois santo, são dois cão.
São dois páde num artá,
acelebrando a novena
duma noite de natá.
São dois prato de cuaiáda,
e bem no meio dos prato,
dois sabonête do mato!
são dois nêgo impertinente
qui véve a dizer chincáda,
aos óio besta da gente.
Mas, juro inté pula cruz,
pula Santa Imaculada,
pula hósta consagrada,
juro pru tudo e arrepito
qui nem a Mãe de Jesus,
tem os óio tão bonito.
De: *Renato Caldas, poeta matuto potiguar assuense
(Renato Caldas foi um dos responsáveis junto com Catutlo da Paixão Cearense, dentre outros, pela introdução da poesia matuta na Literatura Popular Brasileira).
Postado por Fernando Caldas
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