Renato Caldas - 1902-1991 -, era um poeta popular potiguar de Assu, que além dos versos que produzia (estilo Patativa do Assaré, Catulo da Paixão Cearense), tinha o dom de dizer repentinamente frases jocosas, que carregava na ponta da língua pra qualquer ocasião. No início da década de quarenta (foi ele, Renato, que deu nome ao Rio Grande do Norte, nas letras nacionais). Pois bem, naquela época, regressou ao Rio de Janeiro, com o objetivo de lançar o seu livro de estréia, intitulado Fulô do Mato. Chegando naquela então capital federal, logo hospedou-se num hotel de terceira categoria. O proprietário da pensão logo lhe fez ciente que naquela hospedaria somente existia um banheiro coletivo. Renato não deu importância. Deixou sua mala e livros no quarto do hotel e deu uma saida, com o objetivo de comprar um pinico (utensilio doméstico de ágata, muito usado em quartos de residências e pensões até mesmo dos grandes centros urbanos, há muitas décadas passadas). No primeiro estabelecimento que chegou, viu na prateleira, o produto que desejava adquirir e disse assim para o balconista que lhe atendeu: "Amigo. Eu quero comprar aquele Pinico alí." Apontando com o dedo indicador, para a mercadoria. O balconista respondeu: "Moço. O nome daquilo alí não é Pinico, não! É Nordestino." "pois eu quero comprar", disse Renato. Pagou e, quando chegou o instante de receber aquela mercadoria, já nas suas mãos, mandou chumbo grosso, dizendo assim: "Olha, amigo. Esse Nordestino, hoje à noite, eu vou encher de carioca!"
Em tempo: Essa estória narrada por mim, o editor deste blog, não tem absolutamente o intuto de denegrir a imagem do carioca, não. Tem apenas o sentido humorístico. Adoro aquela terra carioca e sua gente.
Fernando Caldas
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