sábado, 21 de julho de 2012

Escritora faz livro sobre genealogia Cascudiana




Sérgio Vilar, Diário de Natal

O cotidiano de Câmara Cascudo nem sempre esteve às voltas do folclore e das manifestações artísticas populares. A atmosfera das letras jurídicas também rondava a famosa casa situada na subida da Junqueira Aires - palco de tantas apresentações e folguedos em décadas passadas. É que ali também morou o sogro de Cascudo, o juiz José Teotônio Freire. Fruto do casamento com Maria Leopoldina Viana Freire, nasceu também na mesma casa dona Dhália, mulher de Cascudo. E décadas depois, sob o mesmo teto, a única filha do casal e futura promotora de Justiça, Anna Maria Freire Cascudo.

Para contar as raízes de toda essa árvore genealógica e o perfil do avô materno, Anna Maria lança nesta quarta-feira, 25, o livro Fragmentos de um Legado, às 17h. O local será o Tribunal de Justiça. A princípio, a casa que hoje abriga o Instituto Câmara Cascudo seria o mais provável. Mas a escolha da sede do TJ tem um motivo: "Meu avô Teotônio Freire foi quem presidiu por maior tempo o Tribunal de Justiça. Foram 13 anos. E ele se referia ao Tribunal como sua segunda casa. Nada mais justo que prestar esta homenagem a ele por lá", comentou Anna Maria Cascudo.

Nos arquivos do Tribunal Anna Maria encontrou melhor acervo de material sobre o avô. A discrição da personalidade do jurista foi a maior dificuldade para colher informações para enriquecer o livro. "Ele era muito correto, discreto, um homem probo, honesto - a figura mesmo de um jurista. Sempre pensei nele como o estereótipo do jurista", recorda Anna Maria, puxando suas lembranças infantis para lembrar o período de convivência junto ao avô. "Quando ele morreu, eu ainda era criança. Mas além da memória, construí o livro também com pesquisa genealógica feita por Anderson Tavares - um estudioso da genealogia - e muita pesquisa".

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