domingo, 23 de setembro de 2012


Ibope aponta empate e 20 mil eleitores decidem se vai haver ou não 2° turno

Data: 22 setembro 2012 - Hora: 18:00 - Por: Ciro Marques, O Jornal de Hpje
O segundo turno em Natal voltou a ser uma tendência. Pelo menos, na pesquisa divulgada nesta sexta-feira, pelo Ibope, em parceria com a InterTV Cabugi. São apenas 4 pontos percentuais que afastam a intenção de votos de Carlos Eduardo a de todos os adversários juntos. Considerando o universo de 526 mil eleitores aptos a votar em Natal, esse número representaria cerca de 21 mil eleitores. Essa é a menor diferença em todas as pesquisas divulgadas até agora em 2012.
Durante a semana, institutos de pesquisas divulgaram outros dois números referentes a corrida pela sucessão em Natal. A primeira foi a da Perfil, que demonstrou uma queda nos números de Carlos Eduardo e um crescimento dos adversários, fazendo a diferença cair de 14% para 7,5%. No dia seguinte, porém, a Consult Pesquisa demonstrou que o segundo turno não estava tão próximo assim e, mesmo com a queda nos números do ex-prefeito, a vantagem dele continuava sendo de 14%.
Na pesquisa do Ibope, os números de Carlos Eduardo não caíram, mas a vantagem sim, sobretudo, devido ao crescimento dos adversários. O ex-prefeito se manteve com 44%, mas Hermano Moraes, do PMDB, foi de 19% para 21%. Fernando Mineiro, do PT, confirmou a terceira posição, ultrapassando Rogério Marinho, do PSDB. Foi de 5% para 9%, segundo o Ibope.
O tucano, que tinha 4%, também cresceu. Foi para 7%. Professor Robério Paulino, do PSOL, foi de 1% para 2% nesta pesquisa. Roberto Lopes, do PCB, que conseguiu menos de 1% na primeira pesquisa desse instituto, que foi divulgada no dia 5 de setembro, chegou a 1%. O número de indecisos também foi o menor até agora, apenas 6%. Brancos e nulos se mantiveram na casa dos 10%, a mesma porcentagem já revelada em outras pesquisas durante a semana.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 20 de setembro. Foram entrevistadas 602 pessoas na cidade de Natal. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), sob o número RN-00119/ 2012.
SEGUNDO TURNO
Por ser a pesquisa que mais levou a eleição em Natal para um segundo turno – na verdade, considerando a margem de erro, o segundo turno já pode existir na cidade – o Ibope também foi o primeiro a levantar a projeção da possibilidade de resultado caso a decisão sobre a Prefeitura de Natal seja somente no dia 28 de outubro. E nessa projeção, Carlos Eduardo seria eleito prefeito, com 49% das intenções de voto, contra 30% de Hermano Morais, a quem os pesquisadores apontam como principal adversário do pedetista.
REJEIÇÃO
No quesito rejeição, Rogério Marinho tomou, pela primeira vez nas pesquisas divulgadas durante a semana, a liderança de Carlos Eduardo. O tucano teve 24% das citações dos entrevistados, contra 23% do pedetista; 21% de Hermano Morais; 19% de Fernando Mineiro; e 18% de Roberto Lopes e Robério Paulino cada um. O Ibope constatou ainda que 18% poderiam votar em qualquer um dos candidatos e 12% não sabe ou não responderam.
PERFIL E CONSULT
As pesquisas da Consult e Perfil, divulgadas no início da semana ouviram mil pessoas cada uma e tiveram a margem de erro de 3%, para mais ou para menos. O Jornal de Hoje convidou os dois diretores dos institutos para comentar os números. Enquanto Fernando Figueiredo, da Perfil, afirmou que o segundo turno era uma tendência, devido a queda da diferença entre Carlos Eduardo e subida dos adversários, Paulo de Tarso, da Consult, afirmou que “se fosse hoje, não haveria”, mas que a campanha ainda não estava definida, devido ao número de eleitores indecisos (13,5%) e a possibilidade ainda existente de troca de votos daqueles que já tem um candidato em mente.
Vale lembrar que baseado na primeira pesquisa, uma queda de Carlos Eduardo era até esperada, pela definição dos eleitores, estando mais próximo do dia do pleito eleitoral e pelas polêmicas pelas quais o ex-prefeito passou desde os primeiros números divulgados em setembro. Ele se descontrolou diante de Hermano Morais em um debate no Sindicato da Saúde, recebeu e negou o apoio da atual prefeita Micarla de Sousa e acusou o primo, Garibaldi Alves Filho, ministro da Previdência Social, de ser velho e radical e de participar de uma “campanha de baixaria” de Hermano.
Além disso, tem a polêmica dos processos que Carlos Eduardo responde no Tribunal de Contas da União (TCU), que representaria um dano ao erário de mais de R$ 6 milhões por contratos supostamente irregulares assinados por ele quando era secretário de Estado, da Saúde e da Cidadania (Sejuc).

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