sexta-feira, 12 de outubro de 2012

NOVA CAMPANHA E MAIS UM “CANDIDATO DE GARIBALDI”


por Redação

ALBIMAR FURTADO
Jornalista
▶ albimar@superig.com.br
Chefe de gabinete, quase um menino, do então prefeito Agnelo Alves; deputado estadual, líder de bancada; prefeito de Natal; senador; governador do Estado; presidente do Senado; ministro. Currículo completo? Não. Tem sido também patrocinador de campanhas vitoriosas com os candidatos, em eleições majoritárias, adotando a estratégia do tipo “candidato de Garibaldi”. Mais uma vez o político assume a responsabilidade em uma nova campanha dedicando-se, com empenho, à candidatura de seu partido à prefeitura, Hermano Morais.
Foi assim na primeira investida do empresário Fernando Bezerra, disputando uma vaga ao senado. Seu slogan de campanha era direto: o senador de Garibaldi. Disputava com um nome já conhecido, testado nas urnas, o senador Carlos Alberto de Souza, com votações anteriores consagradoras e que buscava a reeleição. Final do pleito, o senador de Garibaldi, Fernando Bezerra,estava eleito.
Na última campanha para o governo estadual novamente o nome de Garibaldi estava à frente. Apoiava uma candidata que não era de seu partido, mas de uma sigla que historicamente disputava com o então senador a liderança política e eleitoral no Rio Grande do Norte, o DEM do senador José Agripino. Vinda de Mossoró, surgiu o nome da ex-prefeita Rosalba Ciarline.
Na campanha, usou-se à exaustão o apelo de a governadora de Garibaldi, particularmente em Natal. Rosalba venceu fácil, inclusive na capital.
Há que se registrar insucessos também. Foi assim no apoio a Fernando Freire, que buscava uma reeleição e foi derrotado por Wilma de Faria. Mas Fernando não apresentou-se como o candidato ou o governador de Garibaldi. Resultado negativo também no apoio à deputada Fátima Bezerra, candidata a governar Natal na eleição passada. Outra que não apareceu como a prefeita de Garibaldi. Mas há que se considerar ainda nomes e empenhos. Aquela história de que cada jogo é um jogo. Numa determinada partida o atleta está lépido, fagueiro, participa de todas as jogadas ofensivas, mas em outras mostra-se exausto, quase andando dentro do campo. Momentos diferentes.
Na presente campanha o Ministro desempenha o papel daquela primeira alternativa. O seu partido, o PMDB, lançou um candidato, Hermano Morais, mais um candidato de Garibaldi. O prefeito de Garibaldi. E não foi difícil constatar a força desse capital. Nas pesquisas de intenção de votos, comecinho da campanha, Hermano estava em seus 3, 4 e 6 pontos. Na Cidade da Esperança, Garibaldi, em discurso incisivo, anunciou que “Hermano é o candidato do meu coração”. Catapultou o homem dos 6 por cento para 16. Nesse patamar o candidato patinou, embora usando, também à exaustão, a imagem de seu maior patrocinador nos programas eleitorais de rádio e televisão.
Resultado indicando vitória do opositor no primeiro turno à vista. Além disto, surgia a onda Mineira, se não avassaladora, fortemente ameaçadora de chegar ao segundo lugar. Dificuldades? Chama Garibaldi. E de novo ele chegou, com apelos incisivos, participando dos programas, desencadeando milhares de telefonemas às vésperas do dia 7, apelando para o voto ao seu candidato. No dia da eleição, desfilou com Hermano nas secções eleitorais. Ufa. Manteve, com dificuldades, o segundo lugar, elevando o percentual do candidato para os 23 por cento. Somando seu esforço à onda Mineiro, levou o pleito ao segundo turno.
Mesmo assim, a votação ainda ficou desequilibrada, considerando o índice atingido pelo candidato Carlos Eduardo Alves, com uma diferença de 17 pontos percentuais. Novo momento e, claro, nunca Hermano terá sido tão candidato de Garibaldi quanto será neste segundo turno.
Fonte: Blog do Novo Jornal

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