Hoje, 9, ao abrir o meu Facebook, deparo-me com essa fotografia abaixo do "policial que fora absolvido por jogar spray de pimenta numa cadela", que nos deixa indgnado. Me faz lembrar quando no início dos anos setenta, na minha cidade de Assu, baixo sertão potiguar, certo fiscal da prefeitura local saíra envenenando os cachorros que viviam soltos pelas ruas da cidade. Pois bem, Renato Caldas, afamado bardo da minha terra, sensível como são os poetas, produziu o soneto - na sua indgnação ao ver o seu cachorrinho de estimação morrer aos seus peis -, sentenciando conforme adiante:
Maldita a mão que distribuiu a morte,
Na rua, envenenando irracionais!
Deus que te reserve a mesma sorte...
Dias de angustia! Noites infernais.
O destino te seja árido e forte,
Mão assassina, não te ergas mais!
E em breve a gangrena venha e corte
Dando descanço aos pobres animais.
Todos têm o direito de viver
Se o homem não dá vida? porque tem
Razão para uma existência desfazer?
Será maldito, como foi Caim,
E terás nesse eterno vai-e-vem
De pedir, de esmolar até o fim.
Maldita a mão que distribuiu a morte,
Na rua, envenenando irracionais!
Deus que te reserve a mesma sorte...
Dias de angustia! Noites infernais.
O destino te seja árido e forte,
Mão assassina, não te ergas mais!
E em breve a gangrena venha e corte
Dando descanço aos pobres animais.
Todos têm o direito de viver
Se o homem não dá vida? porque tem
Razão para uma existência desfazer?
Será maldito, como foi Caim,
E terás nesse eterno vai-e-vem
De pedir, de esmolar até o fim.
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