Quando o poeta Renato Caldas desejava publicar a segunda edição do seu já afamado livro intitulado Fulô do Mato, Câmara Cascudo apresentou aquele bardo assuense (que precisava de ajuda para publicar a referenciada antologia) ao poeta alagoano Lêdo Ivo, através de carta conforme adiante transcrita:
Natal, 18-VIII-1945
Poeta Lêdo Ivo
Poeta por poeta seja tratado e assim, com um abraço, tenho tôda a alegria em mostrar a você o meu velho camarada e amigo secular Renato Caldas, poeta de letras populares, cheio de verve e obstinação mental, vivo vivo como um pé de vento. Renato vai publicar o livro dêle em segunda polarização e eu peço para êle sua amizade natural, nos vários planos de coração e de espírito. Será uma relação que você não esquecerá porque o Renato é miolo de aroeira, não esquecendo ponta de prego que o riscou nem cheiro de flor roçando nas folhas. Mande-me suas notícias. Tenho lido os poemas, clareira no meio dessa poeirada política indispensável. Como vai o Diretor? Lembre-me respeitosamente. Abrace aí o Renato e disponha do seu velho e certo adm. e amigo
Luiz da Câmara Cascudo
Rua da Conceição, 565
Natal, 18-VIII-1945
Poeta Lêdo Ivo
Poeta por poeta seja tratado e assim, com um abraço, tenho tôda a alegria em mostrar a você o meu velho camarada e amigo secular Renato Caldas, poeta de letras populares, cheio de verve e obstinação mental, vivo vivo como um pé de vento. Renato vai publicar o livro dêle em segunda polarização e eu peço para êle sua amizade natural, nos vários planos de coração e de espírito. Será uma relação que você não esquecerá porque o Renato é miolo de aroeira, não esquecendo ponta de prego que o riscou nem cheiro de flor roçando nas folhas. Mande-me suas notícias. Tenho lido os poemas, clareira no meio dessa poeirada política indispensável. Como vai o Diretor? Lembre-me respeitosamente. Abrace aí o Renato e disponha do seu velho e certo adm. e amigo
Luiz da Câmara Cascudo
Rua da Conceição, 565
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