sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Diga aí, folião!

A micareta vintaneira de Natal constitui prova soberba e irrefutável da extensão do atraso cultural a que chegou a terra de Câmara Cascudo.
O Carnatal jamais legou qualquer resíduo positivo ao natalense cioso de suas obrigações tributárias. Pelo contrário, tolhe-o em seu fundamental direito de ir e vir e de dormir sossegado.
Festa privada bancada com dinheiro público, tem entre seus promotores o síndico-geral de Natal Paulinho Freire e o deputado estadual Gustavo Carvalho, sócios usurários que privatizam o lucro entre eles e ‘socializam’ o prejuízo público com o espoliado contribuinte.
Nem mesmo a Bahia aguenta mais a anacrônica axé-music com tanta benevolência. Mas "como Natal não há tal", ela sobreviveu e aclimatou-se por aqui, garantindo o seu 13º salário todos os anos.
Evidenciando o que sempre esteve no mapa e nunca nos damos conta: que somos a “bundinha do Brasil” se oferecendo para o resto do mundo.
 
Paulo Sérgio, jornalista


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