sábado, 22 de dezembro de 2012

Uma glosa fescenina

(Foto: Vitor Shalon)
Imagem ilustrativa da Web.


O best-seller potiguar chamado Moysés Sesyom, o Bocage Riograndense, poeta boêmio, de vida atribulada, falecido no Assu, terra que ele escolheu para viver até os últimos dias de sua vida, apaixonou-se por uma mulher de vida fácil chamada Celina, que para Francisco Amorim, biógrafo de Sesyom, organizador da sua antologia póstuma intitulada Eu Conheci Sesyom, era uma mundana que fez sua época. Tinha beleza e charme, sabia  prender pela elegância e pela forma de falar. Corpo esbelto e colo esgulo, como diria o poeta, conquistava pela diversidade dos atrativos e pela variedade de encantamento. Não era, pois, de estranhar que tivesse os seus admiradores. E vai mais adiante aquele escritor ao afirmar que Sesyom, naturalmente, pertencia aos números deles, pois extravasando o seu apaixonamento, glosou:

Não posso mais suportar.
É grande a minha paixão.
perdoo de antemão.
Se Celina me matar.
Se dela me aproximar
Terei um prazer sem fim.
Se alguém me vir assim,
Chupando o beicinho dela.
Se eu morrer fudendo nela,
Ninguém tenha dó de mim.

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