domingo, 27 de janeiro de 2013


Folhas caídas

Lá fora o frio enregela as folhas do Outono,
que vão caindo, no chão molhado!
Nessas folhas estavam as minhas recordações,
escritas, certo dia, com o calor da paixão,
agora, caídas em absoluto desamparo,
no charco das palavras mortas,
onde serão afogadas as minhas saudades
na água que as submergirá
no esquecimento do passado!

Espero que um milagre de repente aconteça,
neste cosmos de incertezas,
e que das linhas traçadas pela minha mão,
gravadas nas folhas secas e encharcadas,
renasçam as minhas recordações,
paridas das águas que o chão molhado faz leito!

Mas sinto frio,
embora agasalhado, tenho frio,
fecham-se-me as pálpebras,
estremece-me o corpo,
soluça-me o coração sem fôlego,
chora-me a alma!

O frio penetra-me o âmago do meu sentir,
tento aconchegar-me à lembrança,
daquele amor, que ficou em mim,
que não deixei escrito nas folhas caídas!

É somente o que me resta!

José Carlos Moutinho
.
Folhas caídas

Lá fora o frio enregela as folhas do Outono,
que vão caindo, no chão molhado!
Nessas folhas estavam as minhas recordações,
escritas, certo dia, com o calor da paixão,
agora, caídas em absoluto desamparo, 
no charco das palavras mortas,
onde serão afogadas as minhas saudades
na água que as submergirá
no esquecimento do passado!

Espero que um milagre de repente aconteça,
neste cosmos de incertezas, 
e que das linhas traçadas pela minha mão,
gravadas nas folhas secas e encharcadas,
renasçam as minhas recordações, 
paridas das águas que o chão molhado faz leito!

Mas sinto frio, 
embora agasalhado, tenho frio,
fecham-se-me as pálpebras,
estremece-me o corpo,
soluça-me o coração sem fôlego,
chora-me a alma!

O frio penetra-me o âmago do meu sentir,
tento aconchegar-me à lembrança,
daquele amor, que ficou em mim,
que não deixei escrito nas folhas caídas!

É somente o que me resta!

José Carlos Moutinho
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