segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SAUDADE DE UM MATUTO LONGE DE SEU TORRÃO

Sertão torrado estou distante

Morando na capital

Faz tempo eu te deixei

Para estudar em Natal.



Abandonei meu velho torrão

Nunca vou te esquecer

Cidade grande é gente chata

Me aposentando voltarei para você.



Tua roupa velho sertão

É um belo juazeiro

A minha brincadeira

Era galinha de pereiro.



Velha Serra Aguda

Habitada por gato do mato

Da caatinga de menino

De um sertanejo nato.



Seu oceano é o açude

Água sem poluição

As estradas são as trilhas

Muito andei por esse chão.



Sertão velho escrevo poesia

como forma de te homenagear,

Mais te servirei

No dia em que eu retornar.

 
Marcos Calaça, jornalista (UFRN)

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