sexta-feira, 14 de junho de 2013

Assu – terra da poesia – está de luto com a partida de Chico Elion


Na fotografia, data de 2010, da esquerda: Fernando Caldas, Chico Elion, Ana, Leide Câmara, no Palácio da Cultura em Natal.

Partiu ontem, 13 de junho, para “o lado do azul”, aos 83 anos de idade, o nosso "poetinha" querido dos potiguares chamado Francisco Elion Caldas Nobre ou Chico Elion ou “Chico Elion” como era mais conhecido nos meios artísticos do país. Eu tive o privilégio de com ele ter convivido, unidos pela amizade e pelo parentesco, de quem eu guardo boas recordações e lembranças. Ele estreou como cantor, aos dezoito anos de idade, cantando na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a canção Lavadeira, em 1948. tor de mais de 400 composições. Em 1950 Aldair Soares gravou pela CBS a canção Moinho D’agua e em 1955 Rinaldo Calheiros gravou a composição de autoria dele, Chico Elion, intitulada Se eu fracassar. consagrou-se com a canção intitulada Ranchinho de Paia interpretada (1952) por grandes nomes da Canção Popular Brasileira como, Trio Irakitan, Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Ivanildo Sax de Ouro, dentre outros. Afinal, sem o talento de Chico Elion, perde o Assu, a terra potiguar e o Brasil. Vejamos para o nosso deleite “Ranchinho de Paia”, a sua eterna canção:

Ranchinho de paia,
Que abriga você
Nas paia do coqueiro
E só a lua nos vê.
Ranchinho de paia,
Onde tudo é amor
A beleza na praia
E o canto do pescador.
Ranchinho de paia,
Onde o chão é de areia,
Onde nós dois se "agasaia"
Nessa casinha tão feia.
Mas pouca gente
É feliz como nós
Um canta pro outro
E do vento, escutamos a voz.

Fernando Caldas

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