segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A face anémica da economia do Vale do Açu


O projeto do perímetro irrigado do Baixo-Açu ainda rasteja. Hoje, menos de 40% do terreno disponível para o projeto é utilizado. O restante da implementação aguarda, desde 2004, uma licitação.
Percorrendo algumas cidades na região tenho notado que são poucas as pessoas que estão interessadas em medidas efetivas. Se por falta de conhecimento, não sei. 
Políticos experientes têm dito que nossa região está longe do ideal. Pouco pede, nada recebe.

Não quero usar da ironia e culpar A ou B, fazer dramatismo ou coisa parecida, mas o fato é que o Vale do Açu precisa acabar com o complexo de região subdesenvolvida.

O que ainda resiste firme é o pólo cerâmico que possui mais de 40 indústrias, a maior parte produzindo tijolo e algumas produzindo telhas, que proporcionam ao RN um faturamento anual de mais de R$ 208 milhões.

Em rápida conversa com o ex-prefeito Ronaldo Soares, ele lamentou a falta de industrialização e de infraestrutura entre interior e litoral, desperdiçando a riqueza regional.

A ZPE do Sertão seria uma solução, mas para que saia do papel - depois de 22 anos de discussão - e se transforme na redenção do RN seria necessário alargar a fatia do mercado consumidor interno, reduzindo em contra-partida a meta de exportação, segundo o ex - alcaide.

O projeto englobaria empresas voltadas para a produção e comercialização de insumos como sal, barrilha, granito, mineração e produtos agropecuários e da agricultura irrigada, primeira vocação da região.

A zona de processamento beneficiaria mais de 50 municípios do RN, sendo todo o Vale do Açu e região salineira, parte do Seridó e parte da região Oeste.

Porém, a empresa foi escolhida para gerenciar o empreendimento, infelizmente, encontra retaliações políticas e até agora pouco avançou.

Isso contribui para a descrença geral da população!

Em tempo: Caso a ZPE se torne uma realidade, o Vale se tornará um pólo de processamento de matérias-primas e exportação. Embora boa parte dos empregos com maior poder aquisitivo não fiquem com pessoas da região, por conta da baixa escolaridade ainda existente, o setor de serviços e fornecimento de matéria-prima seriam beneficiadas.

Em tempo II: A implantação de um Projeto de Turismo Sustentável para o Vale do Açu seria uma maneira de manter a infraestrutura de pontos turísticos sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, fazendo o necessário para a economia, a sociedade e o ambiente, sem desprezar a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos!


Postado por Tony Martins

Do blog Assu na ponta da língua, de Ivan Pinheiro

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