Casa de caridade, fundada pelo padre José Antônio de
Maria Ibiapina. Aquele missionário era formado pela Faculdade de Direito de Pernambuco, foi
Juiz de direito, deputado geral pelo Ceará. “Decepcionado abandonou a vida
civil para seguir o catolicismo. Aos 47 anos iniciou uma obra missionária
visitando várias regiões do nordeste.”
Gilberto Freire de Melo depõe que Ibiapina era a maior
figura na igreja católica no Brasil.” A Casa de Caridade, se não foi a primeira, pelo menos foi uma
das primeiras instituições da terra assuense que para Câmara cascudo aquela
casa fazia inveja a Natal porque não tinha uma igual. Foii instalada onde hoje
funciona o Instituto que leva o nome daquele
missionário.
Conta-se que "Ibiapina foi chamado para pregar na cidade de
Assu onde fez grande colheita com proveitos
maravilhosos (...) Achando o lugar próprio e conveniente, instituiu uma
casa de caridade, que deixou em boa posição e bem dirigida.
Sinhazinha
Wanderley em depoimento a Walter Wandereley depõe (está transcrito no livro intitulado “Família Wanderley, 1965, que “no local do instituto existiu uma casa já
muito antiga e que foi mandada edificar pelo padre Ibiapina. Contava-se deste
padre que estivera a morrer num naufrágio e ao passar por Macau fizera voto de
fundar uma Casa de Caridade no primeiro lugar a que chegasse. E foi o Assu
Justamente esse lugar. Dita Casa de Caridade tinha como superiora Irmã Tereza e
as Irmãs Leonarda, Dionízia, Felipa, etc. A casa recebia mocinhas pobres,
órfãs, que ali ficavam até a idade do casamento. Ao atingirem a essa idade, o
Procurador da Casa escolhia um rapaz honesto , bom cristão e trabalhador. Eram
os dois levados à sala nas presenças do Procurador e da Superiora e, se os dois
se agradavam, o casamento era feito às expensas da Casa... A Casa recebia
doentes, cadáveres, que amortalhavam, deixando-os à noite na Capela, velados
por duas recolhidas que o faziam com muito medo. A casa dava ensinamentos de
flores, labirintos e bordados...”
(Ibiapina morreu no dia 19 de fevereiro de 1884 na cidade de
Araras, Paraíba, onde está enterrado).
Fernando Caldas
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