quarta-feira, 18 de setembro de 2013


O Vaqueiro


Nei Leandro de Castro


Pelo sol com suas facas fustigado,
Perneiras, peitoril e de gibão,
O vaqueiro vivia no sertão
A tanger seu destino e alheio gado.

O aboio revelava triste fado
Conduzindo boiadas vida afora.
Só pensava na dama, na senhora
Que o trazia cativo e torturado.

Cavalgava banhado em claridade,
Mas com o peito ferido e enclausurado
De quem vive perdido em soledade.

Dolorosa era a sina do encourado:
Nas rédeas do cavalo a liberdade
No peito um coração todo ensombrado.

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 trágicos, saudade... E vista em tudo a mesma negra aurora, Tudo é um profundo caos - morto descora... Olho em torno de mim a imensida...