domingo, 1 de dezembro de 2013

Jogue pétalas de rosas em meu túmulo

eu irei morrer apaixonado outra vez,

é um tipo de febre,
uma dor profunda esta distancia do paraíso,

jogue pétalas de rosas sobre o meu corpo,
ele precisa sentir uma ultima vez esta luz,

seus desejos e desapegos ficaram para trás,
tão frágil e absurdo como as nuvens do céu,

ele é leve feito de poeira que viaja lentamente no ar,
como as água do riacho indo em sua direção,
em uma imensidão desconhecida e arrojada nas palavras,

olhe nos meus pés,
foi uma longa caminhada até aqui,
e minhas mãos calejadas podem dizer sobre isto
sobre todas as suas obras nos tabuleiros, sem tudo para ser feliz,


banhe seus olhos na despedida
que um dia jaz sobre mim,


jogue pétalas de rosas sobre os campos,
eu estarei lá, por que o amor é para sempre,
como a o azul do céu e sua imensidão desconhecida,
como o mar a te banhar no vai e vem das ondas,


sinta minha pele, olhe nos meus olhos,
um dia eu também senti que você estava aqui, junto, perto de mim.

Rita de Cassia Querreira



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