Merry Christmas (inglês), Feliz Navidad (espanhol), Joyeux Noël (francês), Buon Natale (italiano), Frohe Weihnacht (alemão), Merii Kurisumasu (japonês), são como alguns idiomas se expressam para desejar Feliz Natal a outrem. Feliz... Natal... Natal? Mas, o que é mesmo Natal? A palavra natal é de origem latina “nativitas”, que significa nascimento. O Natal é, portanto, a comemoração do nascimento de Cristo. O dia natalício de alguém, é o seu dia de aniversário. Todos nós temos o “nosso Natal”, que é o dia de nosso nascimento.
Muito embora o verdadeiro dia do nascimento de Jesus Cristo não tenha sido o 25 de dezembro, uma vez que, segundo estudiosos, o parto de Maria ocorreu em meados de abril, o que importa mesmo é a sua celebração, o motivo pelo qual Ele veio ao mundo. A Palavra de Deus já registrava desde os tempos do Antigo Testamento sinais inequívocos da futura vinda de Jesus ao mundo. E não foram poucos esses prenúncios, como podemos comprovar no estudo das Sagradas Escrituras.
Na atualidade, boa parte do mundo ocidental e mesmo partes do mundo oriental lembram-se de festejar essa data, mesmo lhe conferindo cunho estritamente comercial, tendo como principal protagonista a figura (aqui entre nós) do Papai Noel. A presença de Jesus Cristo sequer é mencionada ou assinalada. Até mesmo a troca de presentes entre familiares, amigos, as festivas e ruidosas brincadeiras de amigo secreto (ou oculto), em nada lembram o início desse procedimento, lá em Belém da Judéia, quando alguns homens sábios viajaram grande distância para vir presentear aquela criança tão especial, com ouro, incenso e mirra, os primeiros e autênticos “presentes de Natal”.
Mais alguns poucos dias e estaremos em pleno Natal. Permita-me lhe sugerir que, ao expressar alegre e sinceramente o seu “Feliz Natal” a outra pessoa, pensasse um pouquinho mais a respeito do que está efetivamente desejando. Em nome de Quem está mesmo exprimindo que esse dia seja alegre, sereno, tranquilo, verdadeiramente feliz?
Aproveite esse derradeiro final de semana antes da chegada do Natal, em meio aos preparativos para a tão aguardada ceia na companhia de seus familiares e de outros que lhe são tão caros e queridos e medite por uns instantes que sejam na expressão “Feliz Natal”. O artigo anexo talvez possa lhe ser útil nessa sua reflexão.
Um alegre e descontraído final de semana, juntamente com sua querida família!
É o que lhe deseja este seu amigo de hoje e de sempre
Clênio
Um presente muito especial
Indiscutivelmente, sempre que nos referimos ao Natal, relacionamos essa data com presentes, lembranças, etc. É a época em que, tanto em família como com os amigos, temos os “amigos secretos” (ou “amigos ocultos” em outras regiões). Sempre em torno da troca de presentes. Interessante é que muitos sequer relacionam o motivo de se presentear um ao outro. Mais grave ainda é quando esquecem o que está se comemorando na data em questão: o nascimento de Jesus Cristo. E os presentes: o que aqueles magos que vieram do longínquo oriente trouxeram para homenagear a criança recém-nascida em Belém da Judéia (ouro, incenso e mirra). No entanto, prevalecem os símbolos comerciais da época: Papai Noel, bolas e luzes coloridas, árvores de Natal, etc. É comércio se apossando de valores que não são os mais importantes para se comemorar.
Assim sendo, vamos reproduzir uma história verídica, acontecida há poucos anos, em um país que ainda restringe à sua população, a livre divulgação das mensagens de amor e salvação de Jesus Cristo. Observe a lição de vida que um pequenino conseguiu transmitir não somente ao autor da história, visitante naquele país, como aos circunstantes da cena e a todo aquele que, com singeleza de coração, conseguir captá-la.
“O Natal de 1994 estava se aproximando. As crianças do orfanato em que estávamos dando aulas iriam ouvir, pela primeira vez em suas vidas, a história do nascimento de Cristo. Nós contamos a elas obre Maria e José chegando a Belém. Não encontrando lugar para eles na estalagem, o casal foi para um estábulo, onde o menino Jesus nasceu. Sendo colocado numa manjedoura. No decorrer da história as crianças (e as funcionárias do orfanato) ficavam maravilhadas com o que ouviam. Algumas sentavam bem na borda de seus banquinhos, como se tentassem engolir cada palavra. Ao concluir o relato do verdadeiro Natal, entregamos às crianças três pequenos pedaços de papelão. Cada criança recebeu um pequeno quadrado de papel amarelo. Seguindo nossas instruções, as crianças cortaram o papel e cuidadosamente colocaram tiras na manjedoura para simular a palha. Pequenos quadrados de flanela foram usados como os cobertores do nenê. Um bonequinho de feltro marrom tinha de ser recortado por cada aluno. Os órfãos estavam ocupados montando sua manjedoura enquanto eu caminhava entre eles para ver se precisavam de alguma ajuda. Tudo corria bem até que eu me aproximei da carteira em que o pequeno Misha estava – ele parecia ter cerca de seis anos de idade e já havia concluído seu trabalho. Quando olhei para a manjedoura construída pelo menininho, não pude conter minha surpresa ao ver não apenas um, mas dois nenês na manjedoura. Rapidamente, eu pedi ao tradutor que perguntasse ao garoto por que havia dois meninos na manjedoura. Cruzando seus bracinhos e observando o cenário que havia construído, Misha, muito sério, começou a repetir a história. Para uma criança tão nova, que tinha acabado de ouvir o relato pela primeira vez, ele contou a história com exatidão espantosa. Até que ele chegou à parte em que Maria põe o menino Jesus na manjedoura. Nesse ponto Misha começou a criar. Ele inventou o seu próprio final para a história: “E quando Maria colocou o menino na manjedoura, Jesus olhou para mim e perguntou se eu tinha algum lugar para ir. Eu disse a ele que não tinha mamãe nem papai, então eu não tinha nenhum lugar para onde ir. Então Jesus me disse que eu poderia ficar com ele. Mas eu disse a ele que eu não podia, pois não tinha um presente para lhe dar como todo mundo tinha feito. Mas eu queria tanto ficar com Jesus, então eu pensei no que eu tinha que talvez pudesse usar como presente. Eu pensei que talvez se eu pudesse manter Jesus quentinho, isto seria um bom presente. Então eu perguntei a ele; `Se eu te mantiver quente, será um presente bom o suficiente?` E Jesus me disse: ´Se você me mantiver quente, será o melhor presente de todos´. Então eu entrei na manjedoura. Jesus olhou para mim e disse que eu poderia ficar como ele para sempre”. Quando Misha terminou sua história, seus olhos estavam cheios de lágrimas que se derramavam por seu rostinho. Colocando as mãos em sua face, sua cabeça inclinou-se sobre a mesa e seus ombros chacoalhavam enquanto soluçava. O pequeno órfão tinha encontrado alguém que nunca o abandonaria, nunca abusaria dele. Alguém que ficaria com ele para sempre.”
Que gesto tão singelo! Uma demonstração de carinho e humildade! Não foi coincidência que Jesus afirmou certa vez: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam, porque delas é o reino de Deus...e qualquer que não receber o reino de Deus como criança, de maneira nenhuma entrará nele” (Evangelho de Marcos 10:14-15)
O que se pode deduzir dessa narrativa? Que uma simples criança conseguiu entender o mistério que é dar-se de si mesmo como prova inequívoca de amor. Não o amor interesseiro ou o que busca unicamente compensações materiais. Não! Aqui se trata do verdadeiro, e genuíno amor. O pequenino nada tinha de seu, nem mesmo um lar, mas... possuía um enorme coração! Deu-se a si mesmo!
Esta é indiscutivelmente a autêntica mensagem de Natal e que o mundo parece ignorar. Quando Jesus veio ao mundo, nascendo entre os homens, seu único propósito foi mostrar à humanidade que havia ainda alguém em quem se podia confiar, em quem se podia levar os seus problemas, dores, mágoas e tristezas e vê-los resolvidos. Afinal foram de Jesus estas palavras: “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados e eu os aliviarei” (Mateus 11:28). E para que isto se cumprisse, ele suportou, com resignação, todo o sofrimento até o Calvário, ali morrendo para que a humanidade fosse resgatada de sua natureza habitual e se cumprissem as profecias a seu respeito. Mas, como sabemos, Ele não permaneceu no túmulo, mas ressuscitou ao terceiro dia, vencendo o último adversário que era a morte.
O pequeno Misha, em sua infantil concepção, percebeu que o que de mais precioso tinha era ele mesmo. E foi o que ele exatamente fez. Vale o exemplo para todos nós: uma vez, na cruz, Jesus deu-se a si mesmo para nos salvar da morte certa. Será que nos custaria tanto entregar a nossa vida a Ele e descansar em Suas mãos, deixando que Ele cuide de nossa vida? Haveria alguém que nos amasse ainda mais que o próprio Senhor Jesus Cristo? Lemos nas Escrituras Sagradas: “Ninguém tem maior amor do que este: dar alguém a sua vida em favor de seus amigos” (João 15:13).
Neste Natal, além das preocupações naturais da época, peço que reserve um tempo para refletir sobre o valor que sua vida representa para si mesmo e o que Jesus representa para a sua vida. O pequeno Misha não hesitou em optar por Jesus. Qual será a sua decisão?
Ofereça um presente muito especial para Jesus: sua vida! Ele sabe o que fazer com ela para lhe fazer feliz!
Muito cordial e alegremente
Clênio Falcão Lins Caldas
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