quarta-feira, 30 de abril de 2014

DESALENTO
Oiço palavras mudas
Que nada dizem,
Tolhidas,
Escondidas,
Trazidas p’lo vento
Errantes,
Nos caminhos perdidos,
Do calor dos abraços
Que outrora viveram,
Sem palavras, num beijo
Sinto chuva cair
Que arrepia o corpo,
Numa amálgama de saudade e lágrimas,
E um vazio que aniquila a alma
Em triste derrota
Ah becos lamacentos,
Por onde os sentimentos escorregam,
Pois acreditavam no aquecer
De um novo amanhecer
Meus gritos em desalento,
Diluem-se na noite escura,
Para que ninguém oiça
Mágoas sentidas,
Choradas...
Fátima Porto


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