PÁGINA ASSUENSE:
JOÃO BATISTA DE SENA
JOÃO BATISTA DE SENA
- nasceu em Assu, no dia 18 de dezembro de 1957. Filho de Manuel
Severino de Sena (in-memoriam) e de Auta de Souza. O poeta Sena - como é
mais conhecido, é Agente de Serviços Elétricos da COSERN. Participou
dos livros Vertente Poética (1985) e Vertentes (2002).
DISCRETO
DISCRETO
Atendendo as ansiedades da minha existência,
Espreito na tangencia minúscula de um retângulo
Um pequeno vulto, sem ter uma consistência
De provar ser vida, a morte de um sonâmbulo.
Dos males seculares que causaram meu espanto
Dos males seculares que causaram meu espanto
A consciência insensata descobriu-me olhando
E fez nascer um sonho tão intenso, quanto
A força de um punhal no meu olhar entrando.
Patético! Um homem ri da própria sorte
Patético! Um homem ri da própria sorte
Em silêncio, e qual um preso ante a morte
Degusta a aquiescência da vida no degredo.
Não serei o mesmo quando a sombra aparecer.
Não serei o mesmo quando a sombra aparecer.
Sentir mágoas do tempo, é mais do que viver,
Ah! Se eu pudesse levar para campa este segredo!
Fonte: Vertentes/2002 - Coleção assuense.
Do bo Assu na ponta da língua, de Ivan Pinheiro.
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