Ontem, 31/7, foi o lançamento do novo livro do escritor da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Valério Mesquita ocorrido no salão nobre daquela instituição. Fui lá prestigiar aquela figura que engrandece as letras potiguares. Daquele livro extraio a seguinte estória:
A sociedade assuense dos anos sessenta possuía em seus quadros a figura do jovem João Marcolino de Vasconcelos, chefe de escoteiros, vereador e rábula. Lô, como era conhecido , detinha as duas qualidades da maior importância no ser humano: sabido e inteligente. Ambas difíceis numa só pessoa. Certa vez, num júri popular, Lô defendia um homicida. "Causa perdida", propalavam na cidade. Mas, era com esses favores, fáceis ou difíceis, que Lô se garantia e dava a volta por cima. Fórum lotado. Diante do Juiz, um advogado importado do Ceará, castigava o réu. Lô simplesmente ouvia. Na verdade, a coisa estava feia. Depois de duas horas de acusação, chegava a vez da defesa. Lô levantou-se, puxou o paletó surrado solene e falou: "Meritíssimo: senhores jurados, meus senhores, minhas senhoras. O nobre colega falou muito e disse pouco! Eu vou falar pouco e dizer tudo. Foram dez disparos. Oito só assustaram a vítima! Os dois foram em legítima defesa! Portanto, o meu constituinte merece a liberdade, com o direito de ir e vir como qualquer cidadão livre!". Isso dito por um elemento com duas ou dez doses de uísque na cabeça, valeu os sete a zero. Lô saiu nos braços do povo.
A sociedade assuense dos anos sessenta possuía em seus quadros a figura do jovem João Marcolino de Vasconcelos, chefe de escoteiros, vereador e rábula. Lô, como era conhecido , detinha as duas qualidades da maior importância no ser humano: sabido e inteligente. Ambas difíceis numa só pessoa. Certa vez, num júri popular, Lô defendia um homicida. "Causa perdida", propalavam na cidade. Mas, era com esses favores, fáceis ou difíceis, que Lô se garantia e dava a volta por cima. Fórum lotado. Diante do Juiz, um advogado importado do Ceará, castigava o réu. Lô simplesmente ouvia. Na verdade, a coisa estava feia. Depois de duas horas de acusação, chegava a vez da defesa. Lô levantou-se, puxou o paletó surrado solene e falou: "Meritíssimo: senhores jurados, meus senhores, minhas senhoras. O nobre colega falou muito e disse pouco! Eu vou falar pouco e dizer tudo. Foram dez disparos. Oito só assustaram a vítima! Os dois foram em legítima defesa! Portanto, o meu constituinte merece a liberdade, com o direito de ir e vir como qualquer cidadão livre!". Isso dito por um elemento com duas ou dez doses de uísque na cabeça, valeu os sete a zero. Lô saiu nos braços do povo.
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