De Freguesia a Vila Nova da Princesa
Por Fernando Caldas
O Assu se tornou Freguesia de São João Batista, da Ribeira do Assu. Depõe Walter Wanderley no livro de sua autoria intitulado Família Wanderley, 1966, que "no século XVII criavam-se no Rio Grande dez Freguesias. A do Assu, em data ignorada. Nem o próprio Câmara Cascudo o sabe. O que se conece é que, em 1726, era vigário ali o padre Manuel de Mesquita e Silva.".
.
O povo começou a exploração da pecuária, sendo pioneiro Domingos Jorge Velho, cultivava a lavoura e instalavam as Oficinas de Carne de Charque que, por sinal, foi ali, na Ribeira do Assu, produzido as primeiras charqueadas no Brasil. Foi um dos pioneiros na exploração da pecuária na Ribeira do Assu, Manuel Filgueiras, nomeado capitão da Ribeira do Assu, chegando na região com um pequeno rebanho, tornando um fator comercial de muita importância.
Aquela freguesia “possuía em 1775, 90 fazendas de gado, 3 capelas, 571 fogos e 2.864 pessoas de desobriga”.
Em fins de 1775 para 1776, a freguesia segundo Nestor Lima: “Por esse tempo a freguesia tinha quarenta léguas de comprimento por vinte de largura e o seu padroeiro já era o glorioso São João Batista.”
“O movimento de carnes e couramas atraia as Oficinas três a quatro barcos, todos os anos, trazendo mercadorias”. (A República, n. 160, de 9 de abril de 1892).
João Inácio Pereira Neto depõe que “a região do Assu era extensa, abrangendo um terço do território da Capitania do então chamado Rio Grande, desde as terras de Santana para o norte, até Macau, e para o sul, às confinanças com o Seridó, para o poente, ao encontro com as terras do então chamado Ceará Grande, da Capitania do Ceará, e para o nascente, além do chamado Rio Grande do Assu, até onde o próprio índio houvera atingido.”
De freguesia elevou-se a município com a denominação de Vila Nova da Princesa, conforme Ordem Régia de 22 de julho de 1776, deu-se instalado a vila precisamente a 3 de julho de 1788. Foram, portanto, 57 anos de vila que tinha o seu próprio patrimônio: terrenos e fazendas, doados segundo Celso da Silveira em depoimento a Ferreira Nobre, no seu livro intitulado Breve Notícia Sobre a Província do Rio Grande do Norte, que “o patrimônio de São João Batista foi feito de três vezes: A primeira em 1712, por Sebastião de Souza Jorge, que deu o terreno estritamente necessário a construção da Matriz e da Paróquia; a segunda, em 12 de outubro de 1774, por dona Clara de Macêdo, que doou 75 braças menos dois palmos. A terceira, finalmente, pela mesma dona Clara de Macêdo, que doou a maior parte dos terrenos ao patrimônio no dia 6 de outubro de 1777.”
Por fim, aquele lugar teve também as denominações de Julgado de São João Batista, Povoação de São João Batista, da Ribeira do Assu e Vila Nova do Príncipe em homenagem a D. João VI, primeiro e último Rei do Brasil.
Por Fernando Caldas
O Assu se tornou Freguesia de São João Batista, da Ribeira do Assu. Depõe Walter Wanderley no livro de sua autoria intitulado Família Wanderley, 1966, que "no século XVII criavam-se no Rio Grande dez Freguesias. A do Assu, em data ignorada. Nem o próprio Câmara Cascudo o sabe. O que se conece é que, em 1726, era vigário ali o padre Manuel de Mesquita e Silva.".
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O povo começou a exploração da pecuária, sendo pioneiro Domingos Jorge Velho, cultivava a lavoura e instalavam as Oficinas de Carne de Charque que, por sinal, foi ali, na Ribeira do Assu, produzido as primeiras charqueadas no Brasil. Foi um dos pioneiros na exploração da pecuária na Ribeira do Assu, Manuel Filgueiras, nomeado capitão da Ribeira do Assu, chegando na região com um pequeno rebanho, tornando um fator comercial de muita importância.
Aquela freguesia “possuía em 1775, 90 fazendas de gado, 3 capelas, 571 fogos e 2.864 pessoas de desobriga”.
Em fins de 1775 para 1776, a freguesia segundo Nestor Lima: “Por esse tempo a freguesia tinha quarenta léguas de comprimento por vinte de largura e o seu padroeiro já era o glorioso São João Batista.”
“O movimento de carnes e couramas atraia as Oficinas três a quatro barcos, todos os anos, trazendo mercadorias”. (A República, n. 160, de 9 de abril de 1892).
João Inácio Pereira Neto depõe que “a região do Assu era extensa, abrangendo um terço do território da Capitania do então chamado Rio Grande, desde as terras de Santana para o norte, até Macau, e para o sul, às confinanças com o Seridó, para o poente, ao encontro com as terras do então chamado Ceará Grande, da Capitania do Ceará, e para o nascente, além do chamado Rio Grande do Assu, até onde o próprio índio houvera atingido.”
De freguesia elevou-se a município com a denominação de Vila Nova da Princesa, conforme Ordem Régia de 22 de julho de 1776, deu-se instalado a vila precisamente a 3 de julho de 1788. Foram, portanto, 57 anos de vila que tinha o seu próprio patrimônio: terrenos e fazendas, doados segundo Celso da Silveira em depoimento a Ferreira Nobre, no seu livro intitulado Breve Notícia Sobre a Província do Rio Grande do Norte, que “o patrimônio de São João Batista foi feito de três vezes: A primeira em 1712, por Sebastião de Souza Jorge, que deu o terreno estritamente necessário a construção da Matriz e da Paróquia; a segunda, em 12 de outubro de 1774, por dona Clara de Macêdo, que doou 75 braças menos dois palmos. A terceira, finalmente, pela mesma dona Clara de Macêdo, que doou a maior parte dos terrenos ao patrimônio no dia 6 de outubro de 1777.”
Por fim, aquele lugar teve também as denominações de Julgado de São João Batista, Povoação de São João Batista, da Ribeira do Assu e Vila Nova do Príncipe em homenagem a D. João VI, primeiro e último Rei do Brasil.
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