segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Cid Montenegro lembra histórias que divide entre Natal e o Rio de Janeiro






 24/08/2014

Argemiro Lima / NJ

Nomes como Chico Buarque, Sandra de Sá, os ex-jogadores Zico e Júnior do Flamengo, Alberi Ferreira, Alindo Cruz, Diogo Nogueira e Alexandre Pires figuram na lista de contatos de Cid

Diego Campelo

Do Novo Jornal

Potiguar, 49 anos, conhecido pela sua facilidade em se comunicar e fazer novas amizades, Cid Montenegro se define como “o amigo dos amigos” e alguém que aprendeu com seus pais a probidade e a honestidade que carrega consigo. Ele se orgulha dos amigos famosos que conseguiu angariar nas suas andanças pelo Brasil.

Nomes como Chico Buarque, Sandra de Sá, os ex-jogadores Zico e Júnior do Flamengo, Alberi Ferreira, Alindo Cruz, Diogo Nogueira e Alexandre Pires são alguns dos seus amigos. Garante que conseguiu todas as amizades de maneira “independente e natural”, seja com famosos ou não.

Amante do futebol, da política, do samba e do Rio de Janeiro, que é sua cidade preferida. Apesar disso, ele não abre mão de, durante suas viagens, carregar na mala camisas do ABC – um de seus times do coração – folders de Natal, livros e CDs de escritores e cantores potiguares para distribuir entre seus amigos. “É para divulgar o que é nosso”, diz.

Segundo ele, seu hobby é se divertir com os amigos ao som de um bom samba ao vivo. Sua principal inspiração na vida é o pai, a quem, segundo ele, idolatra. O nome dele é Antônio Montenegro, que é médico cardiologista e professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Ele me ensinou a trabalhar, respeitar as pessoas e fazer o bem”.

Potiguar boa praça, uma de suas principais características é a boa conversa. Sua habilidade em se comunicar, lembra, lhe rendeu alguns elogios do cartunista Ziraldo. “Ele falou: Montenegro, você tem o poder da comunicação”. Outro de quem conseguiu elogios foi do ex-governador do Rio Grande do Norte, Aluízio Alves, que quando se referiu a ele o caracterizou como uma pessoa que tem o dom da oratória e da escrita.

Lembra ainda que seu potencial comunicativo é intrínseco, pois desde criança já gostava de conversar com pessoas mais velhas, como o próprio Aluízio Alves, Dinarte Mariz e Lavoisier Maia, pessoas influentes que frequentavam a fazenda de seu avô, o major Montenegro, em Assu.Apesar de sua característica de se relacionar bem com as pessoas, ele cita seu principal defeito: “sou um cara explosivo, temperamental”. Em contrapartida, sua maior qualidade segundo ele é ser “um cara do bem”.

No futebol, Montenegro se divide entre duas paixões: ABC, em Natal, e Flamengo no Rio de Janeiro. Inclusive trabalha hoje nos conselhos deliberativos de ambos os clubes. Compara o amor pelos times como o de um pai que tem dois filhos jogadores de tênis e é questionado qual deles é o preferido.

“De coração eu sou Flamengo, mas amo o ABC e a minha consciência não permite torcer contra o ABC”. Foi também através de seu pai que Cid aprendeu a ser flamenguista e abecedista ao mesmo tempo.Ele explica que não deve somente à sua capacidade comunicativa o fato de conhecer diversas pessoas importantes em todo o país.

Cita primeiro o seus pais e segundo o Flamengo como responsáveis por isso. “É o efeito cascata, você conhece uma pessoa, depois outra e essa pessoa tem um amigo em comum com você”.Um exemplo de seu prestígio em meio a personalidades exponenciais do Brasil aconteceu em 2001, nada data de seu aniversário, em 19 de maio.

Na ocasião, seus amigos lhe prepararam uma homenagem na casa de seu amigo Paulo Figueiredo, filho do ex-presidente João Batista Figueiredo. Na festa estavam presentes os filhos do ex-presidente Fernando Collor de Melo, Arnon e Joaquim; João Dutra, filho do ex-presidente Eurico Gaspar Dutra; e Paulo Henrique, filho do Fernando Henrique Cardoso.

Os maiores sonhos de Cid hoje se referem aos seus dois times do coração. Um é ver o Flamengo campeão do mundo mais uma vez; o outro é ver o ABC na série A do Campeonato Brasileiro.Sobre o futebol potiguar, Montenegro avalia que este passa por uma boa fase. Segundo ele, dentro da realidade financeira do Rio Grande do Norte, ABC e América são dois gigantes.

No entanto, ele acha que o futebol local precisa de mais incentivos das empresas locais. “Não que esteja fazendo um favor, mas investir, porque futebol dá retorno”, destaca.Outra paixão de Cid está no samba. Ele já desfilou dez vezes na Marquês de Sapucaí, sendo seis anos pela Mangueira, sua escola do coração, três anos pela Beija-Flor de Nilópolis  e mais um pela Acadêmicos do Grande Rio.

Dentre os muitos amigos que possui Cid destaca um como o melhor e mais chegado: o empresário Gustavo Motta, primo do presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ricardo Motta. “Esse é meu amigo e irmão, desde os sete anos de idade”.Além de conselheiro de seus clubes do coração, Cid Montenegro é consultor de negócios.

Ele representa aqui uma holding sediada no Rio de Janeiro. Atua na função de intermediar, no Nordeste, investidores para a empresa onde trabalha. “Isso parece fácil, mas é difícil, porque na hora em que você intermedia, tudo o que acontecer você é o responsável”, explica.

Um de seus maiores orgulhos é ter sentado no piano em que Ary Barroso compôs a canção “Aquarela do Brasil”.

O fato aconteceu na casa dos filhos de Ary, Flávio e Mariúza Barroso.Na ocasião Cid tomou conhecimento de como foi feita a música. “Ary ia sair de casa com sua mulher, mas deu uma chuva torrencial no Rio de Janeiro.Então eles não saíram mais e Ary abriu uma garrafa de Whisky, foi ao piano e em menos de 24 horas compôs letra e música de Aquarela do Brasil”.

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