Escrito por Welbert Pereira. Publicado em Coluna Víveres
Festival da cachaça chegando em Novo Cruzeiro e não poderíamos deixar de abordar esse assunto. Muitos apreciam, outros condenam e outros se esbanjam em verdadeira e total submissão a uma das bebidas mais apreciadas e conhecidas no brasil e que atualmente anda pairando o comercio internacional, o que foge ao conhecimento de muita gente é que além de proporcionar uma alucinação prazerosa e estimulante, a cachaça também têm funções medicinais importantes, desde o período da colonização do brasil a aguardente era utilizada como agente terapêutico.
A utilização de elixires alcoólicos destinados à medicação e à cura de doenças está presente antes mesmo de a medicina ser considerada uma ciência. No Brasil, os benefícios medicinais da cachaça eram enfatizados desde o início de sua produção, quando era utilizada somente para dar mais vida e resistência aos animais e escravos que trabalhavam nos engenhos. Com sua difusão pela sociedade brasileira, o “poder de cura” da cachaça foi cada vez mais incentivado, e até hoje é oferecida em diversos lugares do Brasil como um remédio.
Com o intuito de potencializar os benefícios medicinais da cachaça, as pessoas adquiriram o costume de misturá-la com limão e mel. Esta fórmula era considerada o melhor remédio para gripes e resfriados e se popularizou principalmente no interior do país, onde ainda possui inúmeros adeptos.
Visando aprimorar e adocicar o poderoso remédio, o mel foi substituído pelo açúcar e, com o passar do tempo, esta mistura migrou do balcão das farmácias para o dos bares e restaurantes, sob o nome de caipirinha.
Acredita-se que a o lugar mais provável para o surgimento da caipirinha foi no interior do Estado de São Paulo, já que caipira era, e ainda é, o termo paulista que designava o habitante do campo. Não há informações suficientes que indiquem quando este nome foi utilizado pela primeira vez para rotular este drinque, porém, pode-se dizer com certeza que a nomenclatura fez sucesso.
O protótipo da caipirinha era o que se conhece hoje como a batida de limão sem o gelo. Desta batida, evoluiu para o limão com casca em rodelas ou pedaços e, com os avanços tecnológicos, o gelo foi adicionado, tornando a bebida mais refrescante.
A fabricação de aguardente, tal como qualquer industria de transformação, não pode prescindir da qualidade da matéria-prima processada. Qualquer produto que contenha açúcar ou outro carboidrato, constitui-se em matéria-prima para obtenção de etanol. Entretanto, para que seja viável economicamente, é preciso considerar-se seu volume de produção, o rendimento industrial e o custo de fabricação (LIMA,1975).
Pesquisadores afirmam que a primeira poção alcoólica foi preparada na China, por volta do ano 8000 a.C. Ou seja, a primeira “birita”, algo entre a cerveja e o vinho, é tão antiga quanto o homem. A verdade é que a evolução tecnológica também permitiu novos sabores etílicos. Sejam destilados ou fermentados, o homem é um grande consumidor de bebida alcoólica. E, assim como muitas coisas inventadas que já não existem mais pela inutilidade na vida moderna, a bebida alcoólica, ao contrário, não tem a mínima chance de ser afogada pela história.
Quais são esses benefícios, afinal de contas? O doutor Dráuzio Varella, em seu site, revela quais são as principais benesses de se beber álcool com moderação: quem consome quantidades moderadas apresenta níveis de HDL (“o colesterol protetor”) 10% a 20% mais altos do que os abstêmios; a presença de álcool na circulação interfere com os mecanismos de coagulação do sangue, aumentando o seu tempo. Com o sangue menos coagulável, haveria mais dificuldade para a formação de trombos nas artérias coronárias; e beber moderadamente pode reduzir a probabilidade de infarto indiretamente, ao diminuir o risco de desenvolver diabetes do tipo 2, aquele que costuma se instalar na vida adulta.
Qual seria a quantidade de cachaça considerada moderada? Os especialistas divergem a respeito, e é difícil afirmar uma medida única para todas as pessoas. Entretanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para o homem o limite diário seria de duas doses ou aproximadamente 25 gramas de cachaça. Já para as mulheres a dose deve ser limitada a uma dose ou 12 gramas. A ingestão de doses diárias acima desse padrão é considerada prejudicial e representa algum risco para a saúde dos indivíduos.
“Beba com moderação.”
Referências:
-ACADEMIA DE TALENTOS. Revista Eletrônica Academia de Talentos
ISSN 1679- 7280.Disponível em < http://www.academiadetalentos.
com.br/novo/revista_projetos_cachaca.htm>.
-UOL.Rural centro.Disponível em<http://trombudo-centralense/noticias/pequenas-doses-de-cachaca-fazem-bem-a-saude-63781>.
UFPB.<http://www.ct.ufpb.br/laboratorios/lpfd/index.php?option=com_content&view=article&id=57&Itemid=58>.
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