FATO HISTÓRICO INUSITADO:
TÍTULOS DE CIDADANIAS ASSUENSES FORAM REJEITADOS
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Conforme Ata da primeira sessão da Câmara Municipal do Assú do dia 07 de outubro de 1957 os vereadores Celso Dantas da Silveira, Francisco Soares de Macêdo (Chiquito Soares) e Manuel Corcino da Costa emitiram Projeto de Lei concedendo o título de Cidadão Assuense, ao vigário local Monsenhor Júlio Alves Bezerra, ao Senhor Arcelino Costa Leitão e ao escrivão e tabelião da Comarca, aposentado, Senhor João Germano Sobrinho.
Acontece que, no dia 22 de outubro, a Câmara Municipal recebeu oficio do Monsenhor Júlio Alves Bezerra, tratando do Projeto de Lei S/n. de autoria do vereador Celso Dantas da Silveira e outros, da concessão do título de Cidadão Assuense. “No qual Sua Reverendíssima declara não aceitar o título de Cidadão Assuense”. E na sessão do dia 23, foi a vez da Câmara receber outro ofício, desta feita do Sr. João Germano Sobrinho, também não aceitando o título expôs seus motivos: agradeceu aos signatários do Projeto a lembrança e declara, por feito moral e formação religiosa, ser obrigado a renunciar as honrarias do projeto.
O vereador Pedro Borges fez longas considerações sobre os ofícios, dizendo estranhar e lamentar as atitudes daqueles cidadãos, visto à Câmara só querer através do projeto em questão honrar, os ditos cidadãos.
Na sessão do dia 29 de outubro também de 1957 o vereador Francisco Soares de Macêdo afirmou taxativamente: “Após várias considerações ao Projeto de Lei que concede título de cidadania aos Senhores João Germano Sobrinho e Monsenhor Júlio Alves Bezerra, mereciam melhor estudo aos seus pares”.
Fonte: Câmara do Assú - A História - Auricéia Antunes de Lima. Lançado no dia 16 de outubro de 2001.
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