Valsa Fúnebre de Hermengarda é o titulo de um poema célebre do poeta alagoano Lêdo Ivo (1924-2012). Eu era ainda criança e escutei muitas vezes os boêmios apaixonados do Assu declamar o referenciado poema nos bares e botequins daquela terra assuense. Vamos conferir os versos amorosos fúnebres deste poeta imortal:
Eis-me junto à tua sepultura, Hermengarda.
para chorar a carne pobre e pura que nenhum de nós viu apodrecer.
Outros viriam lúcidos e enlutados,
porém eu venho bêbado, Hermengarda, eu venho bêbado.
E se amanhã encontrarem a cruz de tua cova jogada ao chão
não foi a noite, Hermengarda, nem foi o vento.
Fui eu.
Quis amparar a minha embriaguez à tua cruz
e rolei ao chão onde repousas
coberta de boninas, triste embora.
Eis´me junto à tua cova, Hermengarda,
para chorar o nosso amor de sempre.
Não é a noite, Hermengarda, nem é o vento.
Sou eu.
____________Em, As Imaginações.
(O poema acima também está publicado em A Vida Eterna, de Fernando Savater).
Eis-me junto à tua sepultura, Hermengarda.
para chorar a carne pobre e pura que nenhum de nós viu apodrecer.
Outros viriam lúcidos e enlutados,
porém eu venho bêbado, Hermengarda, eu venho bêbado.
E se amanhã encontrarem a cruz de tua cova jogada ao chão
não foi a noite, Hermengarda, nem foi o vento.
Fui eu.
Quis amparar a minha embriaguez à tua cruz
e rolei ao chão onde repousas
coberta de boninas, triste embora.
Eis´me junto à tua cova, Hermengarda,
para chorar o nosso amor de sempre.
Não é a noite, Hermengarda, nem é o vento.
Sou eu.
____________Em, As Imaginações.
(O poema acima também está publicado em A Vida Eterna, de Fernando Savater).
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