Olho no espelho, fico a admirar o meu reflexo.
Não sei se a imagem que vejo, sou eu mesma
ou se é apenas o que desejo ver, o que desejo ser.
Já não tenho mais o rosto de outrora, foi-se a meninice,
a juventude, e com ela foi-se também meu mundo inocente.
Contemplo o reflexo do meu rosto,mas os meus olhos covardemente traem -me alterando a minha percepção.
É o mesmo espelho, que reflecte o mesmo rosto,
mas agora com marcas deixadas pelo tempo.
Vejo reflectido nele, ainda que desfocados ,
os meus pensamentos, sonhos, as desilusões,
as lembranças mais doces e as amargas, amores e desamores.
Nesta miopia causada pelos meus sentimentos,
tento ver o meu reflexo, ele é tudo o que sou, o que reflicto.
Um conjunto de tudo que já vivi, o que já senti,
não sei o que isso faz de mim alguém belo ou feio,
mas não é para isso que serve o meu espelho.
Ele reflecte a minha alma, cada milímetro dela,
e nem sempre o que eu vejo consigo compreender,
pois são tantas pessoas juntas num só ser.
Não sei se a imagem que vejo, sou eu mesma
ou se é apenas o que desejo ver, o que desejo ser.
Já não tenho mais o rosto de outrora, foi-se a meninice,
a juventude, e com ela foi-se também meu mundo inocente.
Contemplo o reflexo do meu rosto,mas os meus olhos covardemente traem -me alterando a minha percepção.
É o mesmo espelho, que reflecte o mesmo rosto,
mas agora com marcas deixadas pelo tempo.
Vejo reflectido nele, ainda que desfocados ,
os meus pensamentos, sonhos, as desilusões,
as lembranças mais doces e as amargas, amores e desamores.
Nesta miopia causada pelos meus sentimentos,
tento ver o meu reflexo, ele é tudo o que sou, o que reflicto.
Um conjunto de tudo que já vivi, o que já senti,
não sei o que isso faz de mim alguém belo ou feio,
mas não é para isso que serve o meu espelho.
Ele reflecte a minha alma, cada milímetro dela,
e nem sempre o que eu vejo consigo compreender,
pois são tantas pessoas juntas num só ser.
Cristina Costa, poetisa portuguesa
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