terça-feira, 10 de novembro de 2015



Por Cristina Costa
O tempo parou neste instante
e à nossa volta a vida suspendeu-se.
Somos apenas energia que flui entre corpos, 
viajantes à deriva por textos sem sentido.
Amor sob a forma de sentires,
palavras sobre forma de mil textos por descobrir.
Bebo de ti, gotas de inspiração,
inalo o amor que me ofereces
no vento que me afaga o corpo,
inspiração profunda, expiração ausente.
Colho-te do peito a própria invenção,
metáfora, sentido, até ilusão.
Quero dizer-te o que sinto
mas os teus dedos seguram-me os sentidos
e não me permitem soltar as palavras.
És letra nua, palavra crua,
frase doce e terna que me afaga em cada texto.
Canção ritmada, rima incandescente de amor,
saudade de um tempo por inventar.
Vagueio pelos textos que crio para ti,
e nasço, a cada frase tua,
como se me lesses em cada olhar.

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