quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Quando meu coração estiver insensível e árido,
vem a mim com uma chuva de misericórdia.
Quando a vida perder o encanto,
vem a mim com uma explosão de canções.
Quando o trabalho tumultuoso espalhar
por toda parte seu ruído,
isolando-me do mais distante,
vem a mim, Senhor do Silêncio, com tua paz e serenidade.
Quando meu coração mendigo estiver covardemente
encolhido em um canto, arromba a porta,
meu Rei, e vem a mim com a pompa de um rei.
Quando o desejo cegar minha mente com ilusões e poeira,
ó tu, o único Santo e Vigilante,
vem a mim com teu raio e teu trovão.


Rabindranath Tagore
  
Yara Darin

Nenhum comentário:

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...