BEIJO DE VIDA
Num beijo, calaste a ausência
Num beijo, calaste a ausência
De dias claros, alegres, juvenis...
Num beijo fizeste a ciência
De um romântico de sentidos febris...
Num beijo fizeste a ciência
De um romântico de sentidos febris...
Num beijo venceste o tédio
De um'alma sozinha e doente...
Num beijo ganhaste o assédio
De um poeta por vezes carente.
De um'alma sozinha e doente...
Num beijo ganhaste o assédio
De um poeta por vezes carente.
Num beijo, lançaste-me ao mar
Que em gotas se fez dilúvio...
Num beijo, me deste o luar...
E a volúpia do Vesúvio...
Que em gotas se fez dilúvio...
Num beijo, me deste o luar...
E a volúpia do Vesúvio...
Num beijo, fizeste-me homem,
Adulto, criança e mulher...
Num beijo, me deste alegria
Que não se acha em noite qualquer...
Adulto, criança e mulher...
Num beijo, me deste alegria
Que não se acha em noite qualquer...
"Num beijo, deste-me a dúvida...
Num outro, me darás a vida..."
Num outro, me darás a vida..."
Alan Eugênio Dantas Freire, poeta do Assu
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