Tipo popularismo, Zé Carlota foi comerciante na cidade de Assu. Nas eleições de 1982 (antes da implantação da urna eletrônica, o eleitor votava numa cédula de papel, escrevia o número, o nome ou um X no quadrado onde constava o nome do candidato e depositava na urna de lona. Era um clima de guerra no ato da apuração dos votos que era feito pelos mesários e escrutinadores com a presença do Juiz, além dos fiscais de cada partido e até mesmo fiscalizado pelos... candidatos. Mesmo assim, corria o risco de fraude). Pois bem, terminado o pleito (a apuração começava no dia seguinte), Zé Carlota presente, atento, fiscalizando, observou que na secção que teria votado ele e sua mulher não obteve nenhum voto. Indignado esbravejou, para risos dos circundantes: - “Que minha mulher não votou comigo eu acredito. Mas eu, duvido!” - Carlota foi, certamente, mais uma vítima do mapismo eleitoral que então se praticava.
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