terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O POVO BRASILEIRO NA RUA

O POVO BRASILEIRO NA RUA foi, talvez, a coisa mais importante que nos aconteceu nos últimos doze meses. Um passo fantástico para conseguirmos pelo menos reconhecer que está nas mãos do povo a reconstrução do nosso país, em guerra com a corrupção e contra a impunidade.

Mas, não podem as lideranças nascentes do novo Brasil, que tiveram força e capacidade de levar milhões à rua, permitir que um momento tão extraordinário da história do nosso país se transforme numa brincadeira leviana.
 

Paramos a canalhice, a ignorância, a ladroeira do governo Dilma. Felizmente. Assumiu Temer. E agora? Vamos passar a gritar "Fora Temer" se ele é o substituto constitucional dela, como Itamar Franco era o de Collor? 

Ninguém engoliu as trampolinagens de Eduardo Cunha. Veio o "Fora Cunha". Saiu. Está preso. Assume aquele precário vice-Presidente Waldir Maranhão, que o povo elegeu deputado. "Fora Waldir" logo começou. Assume Rodrigo Maia -- domingo já estavam na rua cartazes pedindo "Fora Rodrigo Maia".
 

Ao lado de Rodrigo, os cartazes também pediam: "Fora Renan". Sai Renan, assume Jorge Viana, do PT (era isso o que queriam?). Hoje já tem quem grite "Fora Jorge Viana".
 

Bem, bem, bem. Assim não dá.

Quando vai o Brasil poder trabalhar? As reformas que Temer está mandando para o Congresso, será que são importantes para o país? Uns acham que sim, como eu acho. Outros acham que não. Mas, como pode o Congresso discutir, refletir, aperfeiçoar, votar nesse ambiente?
 

Acho que está na hora de se iniciar um grande movimento na rua, mobilizando o povo para votar certo. O povo elege. Depois fica indignado com os que foram eleitos por ele. TODOS.
 

Votar certo, um dia será a resposta.
 

No Estado Democrático de Direito existem regras -- estão na Constituição e nas Leis. Para serem obedecidas.
 

Não se pode defender que as regras não sejam obedecidas só porque a gente não simpatiza com a cara do indivíduo que vai assumir este ou aquele cargo. Fomos nós, o povo, que mandamos o cara pra lá. Paciência.
Não se pode desqualificar as instituições designadas para cumpir um determinado papel, só porque não gostamos de pessoas, de decisões, ou atitudes.

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