segunda-feira, 19 de junho de 2017

SOBRE O COLÉGIO NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS

Sábado último (17), foi o lançamento do livro do mais novo escritor assuense Pedro Otávio Araújo de Oliveira (13 anos de idade) intitulado "Bodas de Álamo - 90 anos sob a Luz das Vitórias", (Colégio das Freiras, de Assu/RN), imagens abaixo. Para fazer parte daquele livro, a pedido do autor, escrevi as palavras adiante transcritas:
COLÉGIO DAS FREIRAS, UMA LEMBRANÇA
"Como uma estrela fulgente, que no azul do céu luziu, no nosso Assu florescente, este colégio surgiu."
Francisco Amorim
Começava o ano de 1962 eu já era menino peralta, travesso, praticava aventuras próprias da idade. Comecei então a estudar as primeiras letras no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, onde permenecí até concluir (me arrastando) o curso primário.
Lembro-me que estudava em uma sala de aula esquina com a capela, de onde guardo boas recordações. Lembranças dos meus colegas que comigo estudavam o ensino básico, bem como das minhas primeiras professoras como Irmã Salvadora, dona Maria José de Medeiros que não era membro da Congregação das Filhas do Amor Divino, porém prestava serviços naquela Instituição Educacional Católica, bem como a simpática Irmã Flávia, dentre outras irmãs que fizeram parte da minha educação e da minha formação escolar.
Naquele tempo, o Colégio das Freiras não era uma escola para todos. Estudar naquele educandário de regime de internato, seme-internato (feminino) e externato, era privilégio de poucos.
No meu tempo de estudante (1962) aquele colégio tinha apenas 289 alunos do sexo feminino e 106 do sexo masculino, conforme registra Francisco Amorim em seu livro intitulado "Colégio Nossa Senhora Das Vitórias - 50 Anos, 1967, e o município do Assu, salvo engano, já tinha uma população de 25 mil habitantes e tinha ares de cidade grande.

Eu tive o privilégio de ter estudado naquela escola de excelência, onde também passei os melhores dias da minha infância prazenteira e feliz.
No Colégio das Freiras, como é habitualmente conhecido, além das letras, ensinava-se bordado, pintura, música. Por sinal, eu fazia parte de uma 'bandinha de música' que se apresentava nas festas beneficentes, folclóricas, realizadas no anfiteatro (palco) e no pátio daquele Colégio, bem como participava das quadrilhas dos festejos de São João Batista, Padroeiro do Assu, organizadas pelas Irmãs.
E quem não se lembra do hasteamento da bandeira? Para minha pessoa, um instante de emoção e patriotismo que eu vivenciava antes de entrar na sala de aula. Eu cantava com entusiasmo:
"Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre, Sagrada bandeira, Pavilhão da Justiça e do do amor!"
Entretanto, falar acerca daquele Educandário é relembrar a figura empreendedora, sobretudo humanitária da Irmã Josefina Gallas, então superiora (1954 - 1960 e 1964 - 1966), que tratava todos, especialmente os alunos, com carinho e zelo, com aquele seu coração recheado de amor e bondade. Foi ela, Josefina, que construiu com abnegado esforço, a nova Capela Nossa Senhora Das Vitórias", inaugurada no dia 23 de outubro de 1949.
Fica, portanto, este registro, estas breves e singelas palavras, sobre um pouco da minha passagem naquela Instituição Educacional que, por sinal, é uma escola privada das mais antigas do interior do Rio Grande do Norte e que, sem dúvida, dignifica o Assu e, porque não dizer a terra potiguar.



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