domingo, 24 de setembro de 2017

DEUSDETHE, O ÚLTIMO VAQUEIRO

Tipo manso, atencioso, andar curto e ligeiro, bom amigo, tinha o senso familiar muito forte e gostava de sentir útil, agradável e necessário. O seu sorriso contagiava a todos que dele se aproximava. Era assim Deusdethe Julião Neto, um amigo que tombou ferido de morte, na última terça-feira (20/9), aos 80 anos de idade.

Amante da vaquejada, seu esporte preferido, derrubador de gado dos melhores, ganhador de muitos prêmios, conhecido em todo o Nordeste brasileiro. O seu nome (Deusdhete) vem do Latim e significa DADO POR DEUS. 

Por volta de 1967 chega ao Assu, procedente de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte, salvo engano, sua terra natal, para trabalhar no escritório da COSERN, uma empresa então estatal, distribuidora de energia elétrica, da terra potiguar.


Deusdethe Julião como eu habitualmente lhe chamava, bebeu água do Assu e por lá se casou com Salete Tavares (uma prima carnal de minha mãe), enraizou-se, deixou descendência: Sâmara, Sumara (filhas) e netos a quem deixo registrado, nesta página,  o meu pesar, o abraço solidário, pela partida inesperada dele, Deusdethe, por quem eu nutria admiração e simpatia.
 

Afinal, Deusdethe, "na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer; dá muito fruto". É da Bíblia.
 

Descanse Desdethe, durma o sono dos justos e que, a sua alma, certamente, há de brilhar no céu.

Pena, que eu não pude comparecer a sua última despedida.

Fernando Caldas

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