quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Mantido veto à lei que declara patrimônio cultural o Teatro Sandoval Wanderley

O Plenário da Câmara Municipal de Natal aprovou, na sessão ordinária dessa terça-feira (12), um veto integral ao Projeto de Lei nº117/2017, de autoria do vereador Fernando Lucena (PT), subscrito pela vereadora Natália Bonavides (PT) e pelo vereador Klaus Araújo (SD), que declara Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de Natal o Teatro Municipal Sandoval Wanderley. Foram 12 votos a favor, 6 contra e 4 abstenções.

Localizado no bairro do Alecrim, na Avenida Presidente Bandeira, o Sandoval Wanderley é um teatro de arena com capacidade para 150 espectadores. É referência de divulgação e cumpre um papel importante na cena cultural da cidade. Foi o segundo a ser construído na capital, em 1962, e leva o nome do ator assuense Sandoval Wanderley, que criou os grupos Conjunto Teatral Potiguar, em 1941, e o Teatro de Amadores de Natal, em 1951.
“Hoje é um dia de luto para a cultura popular do Rio Grande Norte. Infelizmente, a bancada governista enterrou sem choro e sem vela a história do Teatro Sandoval Wanderley. Porque ao declarar Patrimônio Cultural Imaterial a gente queria impedir que o ‘Teatrinho do Povo’ fosse destruído, haja vista que a intenção do prefeito Carlos Eduardo Alves é acabar mesmo”, criticou o vereador Fernando Lucena.
Segundo ele, com a paralisação dos teatros Sandoval Wanderley e Alberto Maranhão, os movimentos artísticos populares ficam sem espaço para apresentar os seus trabalhos. “Resta apenas o Teatro Riachuelo, mas esse é um teatro de shopping: caro, requintado e elitizado. Grupos teatrais de escolas públicas, emboladores de coco, cantores locais, entre outros, não tem acesso fácil. Outra coisa, embarcar na promessa de que vão construir um novo teatro na Ribeira em substituição ao Sandoval Wanderley é a mesma coisa que acreditar em papai noel”, acrescentou.
Por sua vez, a líder da base governista, vereadora Nina Souza (PEN), falou que o projeto que declarou o Sandoval Wanderley como Patrimônio Cultural e Imaterial foi votado sem um debate aprofundado. “Como entrou na ordem do dia 20 de junho em regime de urgência, a instrução do processo não foi observada da forma correta. Existe uma lei municipal que determina o encaminhamento à Funcarte de todas as matérias que versam sobre Patrimônio Imaterial para serem submetidos ao Conselho de Cultura. O veto aconteceu porque a tramitação do texto foi equivocada, fizemos apenas uma correção”, explicou a parlamentar.
Vereadores lançam Frente Parlamentar em Defesa da Gestão Pública
Na sequência, em botação única os parlamentares deram parecer favorável ao Projeto de Resolução nº00023/2017 apresentado pelo vereador Dinarte Torres (PMB) que dispõe sobre a criação e regulamentação da Frente Parlamentar em Defesa da Gestão Pública.
“Estamos trazendo profissionais, professores e estudantes de Gestão Pública para participar dos debates conosco no Legislativo natalense. Sabemos que a profissionalização para os servidores públicos apresenta-se de extrema importância na gestão pública atual. Diante disso, nosso objetivo é abrir um espaço de construção de conhecimentos sobre essa e outras questões”, concluiu Dinarte.
CMN
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