SONHO DE ESTRELA
Era noite. A via - láctea cintilava, nua...
Larga nuvem branca, semelhante a um véu
Sobre um rosto de noiva - a cabeça tua -
Mal deixava transparecer o azul do céu.
Entre súbitos desmaios aparecia a lua,
Formosa, beijando as areias do escarcéu...
Mas, ah! Novo encanto novo se acentua...
Ao se recordar, talvez, do rosto lindo teu,
Disse, em sonho, uma mimosa estrela:
"Vem único meteoro que do mundo resta
“Brilhar sobre este azul...” E acenava a ela,
Então, apontando a esfera calma e bela,
Os anjos levaram-na para o céu, em festa,
Só porque um instante se lembrara d'ela.
João Lins Caldas*
Assu, 22.1.1907
*Poeta norte-riograndense. De família assuense. Dizia o poeta ter nascido em Goianinha no dia 1 de agosto de 1888. Para alguns tinha ele como natural de Assu, Para o escritor e historiador Celso da Silveira, ele teria nascido em Canguaretama, conforme consta no seu atestado de óbito. Falecu no Assu no dia 19 de maio de 1967.
Era noite. A via - láctea cintilava, nua...
Larga nuvem branca, semelhante a um véu
Sobre um rosto de noiva - a cabeça tua -
Mal deixava transparecer o azul do céu.
Entre súbitos desmaios aparecia a lua,
Formosa, beijando as areias do escarcéu...
Mas, ah! Novo encanto novo se acentua...
Ao se recordar, talvez, do rosto lindo teu,
Disse, em sonho, uma mimosa estrela:
"Vem único meteoro que do mundo resta
“Brilhar sobre este azul...” E acenava a ela,
Então, apontando a esfera calma e bela,
Os anjos levaram-na para o céu, em festa,
Só porque um instante se lembrara d'ela.
João Lins Caldas*
Assu, 22.1.1907
*Poeta norte-riograndense. De família assuense. Dizia o poeta ter nascido em Goianinha no dia 1 de agosto de 1888. Para alguns tinha ele como natural de Assu, Para o escritor e historiador Celso da Silveira, ele teria nascido em Canguaretama, conforme consta no seu atestado de óbito. Falecu no Assu no dia 19 de maio de 1967.
Nenhum comentário:
Postar um comentário