segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Vinho do amor

Por João Lins Caldas

Este é o vinho que as almas embebeda,
Que os peitos envenenam sem cautela.
Corre dele um rio que não gela,
Que lava as dores, que a tristeza arreda.

Corações que o buscou, que a crença leda
Bem que do vinho a taça seja bela
Mais tereis inteira, que ele azeda.

Breve, depressa a mocidade passa...
Passa-lhe o saibro de prazer profundo
E ele caminha de outros gostos traça...

A velhice chegando ele não foge
Mas chegando a velhice - cor do mundo -
Feliz de quem o não provar arroje...


Linda Flor, 19.10.11


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