quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A importante e aristocrática cidade de Assu/RN amanheceu hoje, 29, mais triste com a partida para o outro lado, de um dos seus filhos dos mais virtuosos chamado Democrítico Amorim -Teté -(Fotografia abaixo com a modelo Luíza Brunet) como era chamado na intimidade. Era uma figura querida por toda sociedade assuense, fotógrafo de profissão (seu pai Demóstenes Amorim tem fotografias que ilustra artigos da então popularíssima revista Manchete) foi ativista cultural fundou jornais, fez teatro, gostava da boa leitura e da boa prosa. Na política era reservado, porém participou em fins de 1963, tempo efervescente no Brasil, do Grupou do 11 (Onze). Era um grupo de guerrilha incentivado em todo o Brasil por Leonel Brizola para dar sustentação as reformas de base que o presidente João Goulart (Jango) queria implantar no Brasil, como por exemplo, a reforma agrária. Criado o Clube do 11, de Assu, enviaram mensagem telegráfica a Rádio Mayrinque Veiga, do Rio de Janeiro, dizendo assim, com bravura: "Estamos prontos. Só faltam as armas". Com a Revolução de 1964,´Demócrito teve que responder a inquérito militar juntamente com os demais companheiros. Afinal, a vida social, cultural, a fotografia do Assu fica mais pobre e deserdada do talento de Demócrito Amorim. Saudades meu velho e querido amigo. Que você durma o sono dos justos, fica em paz porque, a morte como diz o filósofo "não é um período que termina uma existência, mas um interlúdio somente, uma passagem de uma forma para outra do ser infinito.".
(Registro aqui o meu pesar a Zélia Amorim e toda família e amigos).
Fotografia de Ivan Pinheiro.

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