terça-feira, 8 de janeiro de 2019

FAZENDA LAGINHA

É o galo no terreiro
O guiné corre no mato,
Muito pinto com galinha
O avoete no prato,
Pavão abre lindas asas
Patinho, pata e pato.
É o café bem pilado
Bem socado no pilão,
E tem ponche bem gostoso
Feito da fruta limão,
O almoço enfarofado
Macassar é o feijão.
Chapéu de palha acabado
Chinelo sola batida,
Bela vassoura de palha
Pimenta ao leite curtida,
Tem xique-xique, o sodoro
Animal lambe ferida.
Linda lembrança que tenho
É da safra do algodão,
Do banho bom no açude
E da água do cacimbão,
De quando eu era menino
Nas quebradas do sertão.
Marcos Calaça, jornalista cultural e poeta matuto.
Fazenda Laginha. Foto recente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...