O soneto intitulado Carnaval transcrito abaixo, intitulado Carnaval, de autoria do poeta Norte-riograndense do Assu chamado João Lins Caldas vamos encontrar publicado em O Correio da Manhã, importante Jornal do Rio de Janeiro, edição de 1924. Vejamos:
Gritos se agitam fora... E' a mascarada
- Uma sombra, outra sombra se insinua
Momo de guiso e os arlequins na rua...
E tudo rola pela desfilada...
Dizer tudo é nã dizer de nada...
E' a verdade mais negra, esta mão crua
E' tudo ver por uma só calçada,
Tudo nos raios de uma mesma lua...
ouço fora e lá dentro... Que se olha
Há, gigantesco, no perfil que avulta
Um portentoso vulto que encandeia...
Traço por traço, o coração retalha...
... E enquanto o gênio como um sol trabalha
A multidão lá fora cambaleia...
Gritos se agitam fora... E' a mascarada
- Uma sombra, outra sombra se insinua
Momo de guiso e os arlequins na rua...
E tudo rola pela desfilada...
Dizer tudo é nã dizer de nada...
E' a verdade mais negra, esta mão crua
E' tudo ver por uma só calçada,
Tudo nos raios de uma mesma lua...
ouço fora e lá dentro... Que se olha
Há, gigantesco, no perfil que avulta
Um portentoso vulto que encandeia...
Traço por traço, o coração retalha...
... E enquanto o gênio como um sol trabalha
A multidão lá fora cambaleia...
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