Há 131 anos, no município de Goianinha, região agreste ao sul do litoral potiguar, nascia JOÃO LINS CALDAS que mais tarde viria a ser um dos maiores poetas da língua portuguesa, apesar de ainda esquecido das letras nacionais.
Filho ilustre de João Lins Caldas e Josefa Leopoldina Lins Caldas (Torres Galvão era o seu sobrenome de solteira).
Filho ilustre de João Lins Caldas e Josefa Leopoldina Lins Caldas (Torres Galvão era o seu sobrenome de solteira).
Caldas viveu o sudeste do Brasil (1912-33) colaborando ativamente em grandes Almanaques, jornais e revistas da época. Autor compulsivo escreveu milhares de páginas de poesias de qualidade e temas diversificados. Pena que seus livros ficaram apenas nos manuscritos.
Caldas morreu só e apaixonado como sempre viveu no dia 18 de maio de 1967 na cidade de Assu, terra que adotara como sua.
Por fim, vejamos o amoroso poema adiante:
O teu mundo é novo. A tua carne é nova. Eu sou a velhice, o mundo abalado.
O teu mundo que me convida. O permanente mundo em flor da tua carne.
Beijar-te os olhos, acariciar-te os dedos, ter nas mãos a doçura da tua pele, a tua nuca, o teu pescoço roliço para acariciados...
Dirás que a vida é bela. A vida é bela!
Mas, eu, amor, já agora tão triste e tão casado.
O teu mundo que me convida. O permanente mundo em flor da tua carne.
Beijar-te os olhos, acariciar-te os dedos, ter nas mãos a doçura da tua pele, a tua nuca, o teu pescoço roliço para acariciados...
Dirás que a vida é bela. A vida é bela!
Mas, eu, amor, já agora tão triste e tão casado.
Ontem que não chegou. Ontem que estava mesmo um dia amarelo...
Mas agora, que o dia é chegado...
Perdão, perdão, eu de mim mesmo é que já não sou belo.
Mas agora, que o dia é chegado...
Perdão, perdão, eu de mim mesmo é que já não sou belo.
Vai, e não leves de ti a tua desilusão.
O que me dói, o que ainda me dói...
( ... E não ver essas roupas desmanchadas,
O azul desses olhos, a graça e a festa dessas mãos... )
O que me dói, o que ainda me dói...
( ... E não ver essas roupas desmanchadas,
O azul desses olhos, a graça e a festa dessas mãos... )
Deixa que eu feche os olhos, e não te vejas, e não digas mais nada...
E esse outro, não é uma joia de poemeto? Senão vejamos para o nosso deleite:
Fiz-lhe ver aquilo que representava para a minha vida.
O que representava para o meu destino.
Era a minha vida.
Era o meu destino.
Aos seus olhos porém nada que aquilo lhe representou.
O que representava para o meu destino.
Era a minha vida.
Era o meu destino.
Aos seus olhos porém nada que aquilo lhe representou.
E queimou a minha alma.
E queimou o meu destino.
E queimou o meu destino.
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