O Zeppelin, de fabricação alemã, tinha dimensões colossais: 236 metros de comprimento. Era chamado de o “charuto voador” e carregava cerca de 35 passageiros, além de correspondências transcontinentais.
Nunca mais o céu do Recife seria o mesmo. O “balão”, que em sua segunda versão – o Hindenburg – chegou a pesar 200 toneladas, não fez uma viagem apenas ao Brasil (do Recife, seguia para o Rio de Janeiro, mas chegou a passar por Blumenau, Curitiba, São Paulo), mas 20!
Nos primeiros anos, o ponto final do Zeppelin no Brasil era o Recife. Os passageiros vindos da Europa desembarcavam no Campo do Jiquiá e seguiam para o Rio de Janeiro de avião mesmo. Será o primeiro desafio intermodal que se tem notícia? ?
Zeppelin é uma homenagem ao conde alemão Ferdinand Von Zeppelin, pioneiro no desenvolvimento de dirigíveis rígidos no início do século XX.
Lá em 22 maio de 1930, quando o Zeppelin aterrissou pela primeira vez no Brasil, no Recife, no Jiquiá, o prefeito da cidade decretou feriado municipal e cerca de 15 mil pessoas estiveram no Campo do Jiquiá, que hoje, apesar do que se disse, não virou museu, nem espaço ecológico.
Graxa e o Zeppelin
O músico Graxa, de batismo Ângelo Souza, nascido e vivido na Zona Oeste, e conhecido como o “cronista do Jiquiá”, foi com o PorAqui até o Campo do Jiquiá, onde fica a torre do Zeppelin e falou um pouco sobre o “charuto voador” em vídeo que você pode ver agorinha mesmo:
O Zeppelin atracou no Recife durante sete anos, mas na nossa memória afetiva ele nunca saiu daqui. O futuro foi nosso um dia, ou não?
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