Garrincha, "o anjo de pernas tortas", com seus dribles desconcertantes, era um espectáculo à parte num jogo de futebol. O título de “O anjo de pernas tortas” não surgiu do nada. Como consequência da pólio que o atingira na infância, seu pé esquerdo era curvo para fora. Também tinha a perna esquerda 6 centímetros mais que a outra. Com esta deformação já era um milagre que andasse. Menos ainda que viesse a jogar futebol. No entanto, Mané Garrincha se tornou a grande lenda do futebol brasileiro. Estreou pela seleção em 1955 e três anos depois, ajudou o Brasil a conquistar o primeiro mundial. No Chile, em 1962, levou o Brasil ao "bis", sendo eleito o melhor jogador do Mundial.
Não apenas Garrincha, mas quantos de nós, em alguma medida, também não trazemos nossas próprias limitações? Sentimo-nos fracos e impotentes diante dos desafios que a vida nos impõe. Nós também temos as “nossas pernas tortas”.
Mas é exatamente em situações quando nos sentimos tão impotentes, é que podemos experimentar a suficiência de Deus. Quando chegamos ao fim de nós mesmos e dos nossos recursos, podemos reconhecer o quanto precisamos dEle na nossa vida. As dificuldades que encontramos no nosso dia de trabalho, aquele assunto que não conseguimos resolver, a crise que atingiu a nossa casa ou a responsabilidade que assumimos sem avaliar bem as nossas limitações, apenas revelam que não somos autossuficientes.
Para ter sido o grande jogador que foi, Garrincha precisou passar por algumas cirurgias de reparação. Da mesma forma, nós também precisamos nos colocar nas mãos de Jesus e pedir que Ele trabalhe em nós. Quando as forças nos abandonam e olhamos para a nossa insignificância, tornamo-nos mais conscientes da nossa total dependência dEle. Através das nossas “pernas tortas” Deus está constantemente procurando ensinar-nos a dependência, e procurando conter-nos inteiramente em Sua mão e confiados ao Seu cuidado.
Pense nisso!
Rev. Gildásio Reis
Pastor da IP do Parque São Domingos, São Paulo, SP
(Enviado por Clênio Caldas)
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