ROSA
Rosa era preta. A lânguida mocinha
A pobre Rosa, a filha de africanos.
De braços lisos, e minguados anos,
Todas as tardes ao ribeiro vinha...
Era na primavera uma andorinha.
Desconhecendo a língua dos profanos,
Desconhecendo os temporais enganos...
Era a faceira, a lânguida mocinha.
Amou, porém. Um dia indo ao ribeiro
(Passava um moço branco cavaleiro)
Seu pobre coração falou baixinho...
Vozes de amor seu coração falava...
E quando longe o cavaleiro errava
Lembrava a moça um rouxinol sem brilho...
João Lins Caldas
Olho D'água, Assu, 1912
Rosa era preta. A lânguida mocinha
A pobre Rosa, a filha de africanos.
De braços lisos, e minguados anos,
Todas as tardes ao ribeiro vinha...
Era na primavera uma andorinha.
Desconhecendo a língua dos profanos,
Desconhecendo os temporais enganos...
Era a faceira, a lânguida mocinha.
Amou, porém. Um dia indo ao ribeiro
(Passava um moço branco cavaleiro)
Seu pobre coração falou baixinho...
Vozes de amor seu coração falava...
E quando longe o cavaleiro errava
Lembrava a moça um rouxinol sem brilho...
João Lins Caldas
Olho D'água, Assu, 1912
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