segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

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Por João Lins Caldas

Eu trabalhei por uma eternidade.
Meus filhos, pelos meus filhos, eu trabalhei por uma eternidade em pensamentos.
Meus filhos, pelos meus filhos, eu trabalhei por uma eternidade.

Era a luz do meu verso a arder na cruzada do meu sentimento.
Todas as vozes do meu ser arrancadas
E dos raios do meu ser, e dos raios todos do meu maior sentimento.

Eram o céu e a luz de toda minha vontade.
O ardor da minha fé, a minha fé como o meu monumento.
E a minha voz de fé, e a minha fé toda como vontade.

Eram Deus e a verdade, sendo Deus a verdade dos crentes.
E o iluminado, e o circulo de fogo de todos os iluminados.
A fé de todos os vivos, a vida de todos os crentes.

Os oceanos, os rios, as ondas longas de todos os lagos crescentes e decrescentes.
As escadas, os degraus, as escarpas mesmo de todas as subidas
E as descidas escarpadas, e as subidas crescentes e decrescentes.

Os rosais, os pomares, todas as ervas e todas as flores.
Todas as vidas, vivas, que se faziam e que se fizeram para as vidas...
Tudo de tudo; todos os galhos, todas as raízes, todos os frutos e todas as flores...

Caí porém de caída...
Hoje, e não conheço a vida...
Mataram-me, e como me mataram mesmo de todos os estertores...

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).