quinta-feira, 28 de maio de 2020

Quando te despes, meu olhar faminto,
Lambe os contornos teus, incomparáveis
E desperta em mim o sensual instinto
O bando dos desejos indomáveis.

Ao ver teus róseos seios, inefáveis
Da alva camisola sob labirinto
Tenho a sofreguidão dos insaciáveis
E aperto-te a cintura qual um cinto

Beijo-te a carne púbere e excitante
Sinto cercado o coração de abrolhos
Se teu corpo do meu se acha distante.

Não cessa de viver minh'alma louca
As negras contas que tu tens nos olhos
E o rubro cravo que tu tens na boca.

João Nathanael de Macedo, poeta sonetista assuense (1860 - 1879).


Mulher Virtuosa ♥: Despindo das vaidades ;

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  UMA VEZ Por Virgínia Victorino (1898/ 1967) Ama-se uma vez só. Mais de um amor de nada serve e nada o justifica. Um só amor absolve, santi...