17/06: DIA MUNDIAL DE COMBATE À SECA.
NAS QUEBRADAS DO SERTÃO.
Do livro: À SOMBRA DOS JUAZEIROS (páginas 19 e 20).
NAS QUEBRADAS DO SERTÃO.
Do livro: À SOMBRA DOS JUAZEIROS (páginas 19 e 20).
Ei! quando chega janeiro
A chuva cai no torrão,
Sertanejo pro roçado
E começa a plantação,
Cedinho vai pela estrada
Uma feliz caminhada
Nas quebradas do sertão.
A chuva cai no torrão,
Sertanejo pro roçado
E começa a plantação,
Cedinho vai pela estrada
Uma feliz caminhada
Nas quebradas do sertão.
Quando não ocorre a chuva
É grande a decepção,
Falta água e também o pasto
E nada de animação,
Olha a natura sozinho
Jurema só tem espinho
Nas quebradas do sertão.
É grande a decepção,
Falta água e também o pasto
E nada de animação,
Olha a natura sozinho
Jurema só tem espinho
Nas quebradas do sertão.
Na chuva tem verde pasto
No meu bonito rincão,
O matuto corta e planta
É aquela animação,
Quando chega a invernada
Tem festa com vaquejada
Nas quebradas do sertão.
No meu bonito rincão,
O matuto corta e planta
É aquela animação,
Quando chega a invernada
Tem festa com vaquejada
Nas quebradas do sertão.
Quando a seca é muito braba
É triste o meu lindo chão,
Homem do campo se vira
É reza e lamentação,
No banco chora sentado
Mas ele sonha acordado
Nas quebradas do sertão.
É triste o meu lindo chão,
Homem do campo se vira
É reza e lamentação,
No banco chora sentado
Mas ele sonha acordado
Nas quebradas do sertão.
Pipoca o pai da coalhada
Que é o robusto trovão,
Anuncia coisa boa
Nossa chuva no torrão,
Passarinho tem filhote
Vaca amamenta garrote
Nas quebradas do sertão.
Que é o robusto trovão,
Anuncia coisa boa
Nossa chuva no torrão,
Passarinho tem filhote
Vaca amamenta garrote
Nas quebradas do sertão.
Triste seca acaba tudo
Seca rio e cacimbão,
Verde só o juazeiro
E morre a vegetação,
Sede e fome mata gado
Carcaça pra todo lado
Nas quebradas do sertão.
Seca rio e cacimbão,
Verde só o juazeiro
E morre a vegetação,
Sede e fome mata gado
Carcaça pra todo lado
Nas quebradas do sertão.
Deus escuta belas preces
E chove no meu rincão,
A flora muda de cor
Com a pastagem no chão,
Tem gado gordo e colheita
Natureza satisfeita
Nas quebradas do sertão.
E chove no meu rincão,
A flora muda de cor
Com a pastagem no chão,
Tem gado gordo e colheita
Natureza satisfeita
Nas quebradas do sertão.
Marcos Calaça é poeta regionalista.
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