quinta-feira, 26 de novembro de 2020

 

Wellington Medeiros


26/06/17
"Majó, o Resistente Quem conheceu o Majó Andière Abreu nos anos 70, quando se submeteu a cirurgia de safena em São Paulo - e nesse tempo a previsão era de que o paciente viveria “ainda uns 10 anos” - há de reconhecer que ele foi um resistente. E esta resistência deveu-se certamente ao cidadão sempre bem-humorado e irrequieto que se revelou nesses últimos 30 anos mais um dos grandes poetas nascidos no Assu. Foi na resistência que deixou uma obra que o coloca entre os principais nomes da terra dos poetas como Chisquito Amorim, João Celso Filho, Palmério Filho, João Lins Caldas e Celso da Silveira. “Uma grosa de glosas”, 1992; “Motes Di-Versos”, 1997; “Minha Terra, minha gente”, 2001 e “Enxurrada de Versos”, 2012. Participei da edição – o editor era ele mesmo – do segundo livro “Motes Di-Versos”, lançado no dia 10 de julho de 1997, na Capitania das Artes. Meu compadre – Andière e Walda Abreu foram padrinhos de um dos meus filhos – foi líder de um grupo de pessoas durante um inesquecível ciclo de vida nas décadas de 80 e 90 – Gurilândia, Candelária, Praia de Pitangui -  marcado para sempre. É de autoria do Majó, após receber de outro poeta o mote  Quero apenas um minuto/Para mostrar minhas penas: Se de um poeta escuto Recebo um mote sofrido Para atender seu pedido Quero apenas um minuto Contra a tristeza eu luto Parto em busca de outras cenas Pois detesto as Madalenas Gosto de riso e alegria. Jamais farei poesia Para mostrar minhas penas.                                                   Adeus Majó, Wellington Medeiros "https://www.grupovila.com.br/


Nenhum comentário:

Postar um comentário

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...