segunda-feira, 15 de março de 2021

 

Neste dia 14 de março, não podíamos deixar de fora nessas homenagens, o nosso maior poeta. O maior poeta matuto do Brasil, Renato Caldas. Conta-se que lá nos idos dos anos trinta ou quarenta, quando a nossa cidade ainda era praticamente uma vila, existiam nas imediações do final de onde é hoje as ruas Ulisses Caldas e Onze de agosto, uns poucos casebres ou choupanas de taipa e palhas, denominada de rua da palha, onde ali, morava gente muito pobre. Então o poeta Renato, como era também uma pessoa muito humilde, e para se solidarizar com aquela gente, fez uma bela poesia a qual transcrevo a seguir:
Essa é a antiga rua da fome
E nela eu quero o meu nome
Quando algum dia morrer
Não quero placa esmaltada
Quero mesmo enferrujada
De acordo com o meu viver
E caso isso aconteça
Faço questão que apareça
Essa sincera inscrição:
Renato Caldas um nobre
Que na choupana do pobre
Entrava qual um irmão
Nunca foi oportunista
E nem ao neologista
Estendeu a sua mão
Viveu sempre embriagado
E só não foi no seu passado
Ingrato, injusto e ladrão.

(Renato Caldas)
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