Por Luciana Zaramela | 14 de Março de 2021 às 08h00
Mais uma semana… e repleta de destaques no campo da ciência e da saúde. Com informações que variam desde novas cepas a imunização, o noticiário foi recheado de novidades a respeito do Plano Nacional de Imunização e os novos acordos por vacina para os brasileiros. Fora daqui, assuntos relacionados à COVID-19 também foram destaque, principalmente no que tange o uso de medicamentos e as novas diretrizes do CDC, dos EUA, quanto ao uso de máscaras por quem já foi totalmente vacinado.
Esses e outros destaques você confere agora, aqui no Giro da Saúde.
CoronaVac é eficiente contra três variantes que circulam no Brasil
Uma nova pesquisa desenvolvida pelo Instituto Butantan apontou que a vacina CoronaVac é, sim, eficaz contra as três variantes do coronavírus SARS-CoV-2 — a britânica (B.1.1.7), a de Manaus (B.1.1.28) e a sul-africana (B.1.351) — em circulação no Brasil. "Estamos diante de uma vacina que é efetiva em proteção contra essas variantes que estão circulando neste momento", afirmou Dimas Covas, diretor do instituto. O estudo completo ainda não foi publicado.
A pesquisa inicialmente utilizou amostras de sangue de 35 participantes vacinados durante a Fase 3 do estudo clínico. Porém, "o estudo completo inclui um número maior de amostras, que já estão em análise. Os resultados completos serão divulgados posteriormente", afirmou o governo de São Paulo em comunicado oficial.
O estudo contou com soros de pessoas vacinadas, obtidos por coleta sanguínea convencional. Através das amostras de soro, os pesquisadores conseguiram identificar e verificar a eficácia dos anticorpos gerados por seus sistemas imunes após a aplicação do imunizante. Em nota, o Butantan explicou o seguinte: "As amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas com as variantes. A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo".
Os cientistas atribuem o sucesso da vacina à sua formulação, já que ela usa fragmentos inativados do coronavírus SARS-CoV-2, e não apenas as proteínas espiculares inseridas em um adenovírus, por exemplo. Sendo assim, a tecnologia utilizada na vacina pode ter feito com que ela seja mais abrangente no quesito variantes.
Fiocruz inicia produção em grande escala da vacina de Oxford
Finalmente! A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou na semana passada que está iniciando a produção, em larga escala, da vacinda de Oxford, em parceria com a AstraZeneca. A expectativa é de entregar 3,8 milhões de doses até o final de março, chegando a 30 milhões em abril e com 100 milhões ainda neste primeiro semestre de 2021. Todas serão entregues ao governo federal e usadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A notícia veio após uma série de atrasos envolvendo insumos e problemas em equipamentos e materiais, a exemplo dos lacres dos frascos de vacina. Em declaração, o vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger, definiu o assunto como uma guerra que, após a observação minuciosa de vários parâmetros, chegou ao fim.
De acordo com os critérios de testagem, é preciso que a fundação realize três produções seguidas e independentes de vacinas, de forma regular, para que a consistência dos imunizantes por ela produzidos possa ser verificada. O objetivo da Fiocruz é trabalhar, inicialmente, com um volume de 600 mil a 700 mil doses produzidas diariamente, um ritmo que será acelerado até chegar a uma capacidade de 1,2 milhão de unidades ao dia.
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Anvisa autoriza vacina de Oxford e libera Remdesivir contra COVID
Poucos dias após o anúncio da Fiocruz, na sexta-feira (12) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro definitivo ao imunizante de Oxford/AstraZeneca para uso no país. Assim, a vacina Covishield é, oficialmente, a segunda com liberação pela agência reguladora em caráter definitivo, e não mais para uso emergencial. A estimativa é que sejam entregues, até o final de março, 15 milhões de doses da vacina para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Até julho, a expectativa envolve 100,4 milhões de doses.
Outra boa nova que veio para acompanhar o registro definitivo da vacina de Oxford é a aprovação do antiviral Remdesivir para tratamento de pessoas infectadas com COVID-19 e internadas em hospitais. O Remdesivir é um medicamento sintético produzido pela biofarmacêutica Gilead Sciences e administrado de forma intravenosa. Na prática, ele impede a replicação viral. Com o registro, o Remdesivir passará a ser administrado em pacientes com pelo menos 12 anos de idade e 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia e carentes de administração suplementar de oxigênio, mas sem ventilação mecânica.
Anvisa autoriza vacina de Oxford e libera Remdesivir contra COVID
Poucos dias após o anúncio da Fiocruz, na sexta-feira (12) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro definitivo ao imunizante de Oxford/AstraZeneca para uso no país. Assim, a vacina Covishield é, oficialmente, a segunda com liberação pela agência reguladora em caráter definitivo, e não mais para uso emergencial. A estimativa é que sejam entregues, até o final de março, 15 milhões de doses da vacina para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Até julho, a expectativa envolve 100,4 milhões de doses.
Outra boa nova que veio para acompanhar o registro definitivo da vacina de Oxford é a aprovação do antiviral Remdesivir para tratamento de pessoas infectadas com COVID-19 e internadas em hospitais. O Remdesivir é um medicamento sintético produzido pela biofarmacêutica Gilead Sciences e administrado de forma intravenosa. Na prática, ele impede a replicação viral. Com o registro, o Remdesivir passará a ser administrado em pacientes com pelo menos 12 anos de idade e 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia e carentes de administração suplementar de oxigênio, mas sem ventilação mecânica.
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Vacina nasal "made in Brazil"
Pesquisadores brasileiros também estão buscando fabricar imunizantes para combater o SARS-CoV-2 e barrar a disseminação desenfreada da COVID-19. Agora, profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade de São Paulo (USP) estão contando com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para desenvolver uma vacina nasal, em forma de spray.
O estudo conta com duas frentes, sendo uma delas liderada pelo pesquisador Jorge Kalil, professor de imunologia da Faculdade de Medicina da USP e diretor do laboratório de Imunologia do Incor. Aqui, é utilizada uma vacina baseada em nanopartículas retiradas do coronavírus. A outra está sob direção de Ricardo Gazinelli, diretor do Centro de Tecnologia de Vacinas, professor de imunologia da UFMG. Ela propõe o desenvolvimento de vacina bivalente, baseada na plataforma da genética reversa do vírus influenza, utilizando um vírus não replicante contendo a proteína spike do SARS-CoV-2.
As duas potenciais abordagens já concluíram os testes iniciais, de forma promissora, em animais de laboratório. A previsão é que, no estudo clínico de Fase 1, sejam testadas a segurança e a toxidade em 140 pacientes voluntários. Na Fase 2, os cientistas avaliarão a quantidade de vacina e doses, além da melhor combinação que deve ser realizada.
Vale ainda ressaltar que a mucosa nasal garante resposta imunológica significativa. Além disso, o trato respiratório, como um todo, é um grande alvo do coronavírus.
De: https://canaltech.com.br/
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