Mar de infância, mar sereno
sexta-feira, 30 de abril de 2021
quinta-feira, 29 de abril de 2021
Como era a Praia dos Artistas em Natal na década de 70
A Praia dos Artistas, praia que divide popularidade com a famosa Praia do Meio em Natal, era um grande “point da moçada” em meados da década de 70 – e durante grande parte da década de 80.
Muito se especula porque esse trecho da praia recebeu o nome de “Praia dos Artistas”. Para uns deve-se ao fato desse recanto ter sido muito frequentado, no início da década de 70, por pessoas ligadas ao teatro, artes plásticas e música. Para outros, pela fama de hospedar grandes artistas quando visitavam Natal. O certo é que essa praia já marcou a vida de muita gente.
Na década de 70 haviam muitos barzinhos na orla, o calçadão era repleto de mesas, e na areia muita azaração. As barracas disputavam espaço entre si, a maior delas ficava logo abaixo do Salva Vidas, e era ponto de referência pra muitos encontros.
Durante o dia as “cocotas” desciam pra praia pra pegarem um bronze. Naquela época já havia muito bíquini pequeno e fio dental, e isso “incendiava” a cabeça dos marmanjos, que desciam para baterem uma pelada ou assistirem um jogo de vôlei. A noite era a hora da paquera, principalmente às sextas-feiras e sábados.
Existia também o tal do “Boy da Praia”, uma figurinha carimbada que andava perturbando as meninas – acompanhadas ou não – lhes pedindo cerveja e cigarros.
Na época, nessa mesma praia, o natalense já pegava as suas primeiras ondas no Surf na modalidade bodyboard, com suas pequenas pranchas de isopor, como já falamos aqui. Em 1974 os praticantes aprenderam a ficar de pé nas ondas usando pranchas maiores.
Na mesma época também aconteceu o Primeiro Campeonato de Surf do Rio Grande do Norte.
Os bares existentes eram: Katikero, Castanhola Bar, Chapéu de Couro, Reizinho Praia Chopp, Postinho, Bar do Bolívia (no pé da ladeira do sol), BANDERN Clube, Qualquer Coisa, Marulho e Casa Velha; esses quatro últimos nas praias vizinhas.
As bebidas? Muita caipirinha e cervejas das marcas Brahma e Antarctica. Para os mais “caretas”: Coca-cola e água de coco.
Para os mais farristas tinha a casa de shows “Casa da MPB” na praia ao lado (Praia do Meio), ou as boates mais badaladas da cidade, a O Chaplin (Praia dos Artistas) e a Apple (Ponta Negra).
Quem subisse mais a Av. Getúlio Vargas encontrava o Bar e Restaurante Liberté, mas era preciso ter bastante “bufunfa” (dinheiro) porque eram locais de gente “paluda” (rica).
Pra quem já tava cansado e faminto no fim da farra, o bacana era tomar um Caldo à Cavala lá na bar “A Tenda”, ao lado do famoso Hotel Reais Magos.
O fim da década de 80 foi também o fim da época áurea da praia. A maioria dos frequentadores, já na maturidade, foram se distanciando do lugar, cedendo espaço para a chegada da prostituição e o uso de drogas, principalmente com o crescimento do turismo internacional. Além disso, a falta de segurança afastava ainda mais as pessoas.
E você? Queria ter vivido ou viveu essa época? Comente aí embaixo como foi!
Fonte: poeta e escritor João Brito em Jabá com Jerimum (Blog de um Natalense), Rostand Medeiros @ TOK de História, Arilza Soares @ Vento Nordeste
De: https://curiozzzo.com/
Uniforme da Escola Doméstica no início do século XX
Esses vestidos brancos da fotografia acima eram um sinal de que eram as alunas da Escola Doméstica, antigo colégio destinado às mulheres. A imagem é do ano de 1914, quando a escola funcionara na Praça Augusto Severo, na Ribeira. Faz parte do acervo de Manoel Dantas, um importante educador no Rio Grande do Norte.
Essas imagens estão no livro “Do Passado ao Presente“, do arquiteto João Maurício Fernandes de Miranda. A obra analisa a capital potiguar em três momentos e décadas diferentes.
O colégio surgiu no dia 1 de setembro de 1914 pelo poeta Henrique Castriciano, irmão da também poeta Auta de Souza, que já falamos do blog. Ou seja, a fotografia mostra as primeiras alunas e como era a escola no século XX. Castriciano se inspirou em fazer o colégio após uma viagem na Suíça. Ele conheceu uma instituição de ensino para meninas, mas que não tinha ligação com a igreja.
Na época, a atividade doméstica da mulher deveria ser ressaltada. Além da atividade doméstica da mulher, as alunas aprendiam o desempenho no lar, a preparação para o Magistério e o ingresso em escolas de Ensino Superior. Ou seja, ensinava ser dona de casa, mas também estimulava as mulheres a ingressarem em outras carreiras.
Apesar das mudanças, o uniforme branco da Escola Doméstica virou uma marca da instituição educacional, no qual foi se reestruturando a medida que avançavam as décadas.
Na década de 50, a Doméstica transferiu para Avenida Hermes da Fonseca quando o Governo do Estado cedeu um terreno para a construção de uma unidade própria. Foi extinta em 2019, quando o colégio Henrique Castriciano, unidade mista do colégio que surgiu na década de 80, e a Doméstica se tornaram um espaço só. Agora, o colégio se chama Noilde Ramalho.
De: https://brechando.com/
quarta-feira, 28 de abril de 2021
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